Terminou nesta sexta-feira (25) parte das oitivas CPI dos Maus-Tratos, no Ministério Público Estadual do Espírito Santo (MPES). Diversos réus acusados de abuso de menores foram interrogados pelo senador Magno Malta. Os nomes mais marcantes do segundo dia de audiências foram do pastor George Alves e de Ademir Lúcio Ferreira.
Ademir Lúcio Ferreira, acusado de estuprar e mata a menina Thayná Andressa de Jesus, em 2017, em Viana foi ouvido pela manhã e confessou outro crime: o abuso de uma criança, de 11 anos, três dias antes da morte de Thayná.
Já George Alves foi ouvido à tarde, por volta das 13h e negou de todas as formas os fatos confirmados pela perícia. Questionado sobre a tranquilidade pós morte das crianças e os acontecimentos do dia seguinte como o culto e a ida a lanchonete, George apenas negou os fatos.
O Senador Magno Malta que conduz a CPI avalia o dia de maneira positiva. “Foi importante e produtivo. Estava dentro do que nós imaginávamos, penso que até um pouco melhor”, relata o senador.
Um dos pontos novos apresentados diz respeito a confirmação de Georgeval foi abusado sexualmente na infância. E segundo o delegado Lorenzo Pazolini, é um ciclo comum de se perdurar e que a repetição constante de George sobre sua inocência, seria uma insistência para que ele mesmo não acredite nos fatos.
Pazolini ainda destaca também a importância desse tipo de audiência para a sociedade. “O que a CPI faz é tirar proposições para que crimes como esse, não venham atingir pessoas inocentes, pessoas indefesas como crianças”, relata O delegado
Uma nova audiência deve ser marcada para o início de junho em Brasília onde será convocada também Juliana Salles mãe dos meninos Kauã e Joaquim, visto que, nesta sexta ela não pode comparecer pois alegou com laudo médico que estaria sem condições psicológicas para acompanhar o momento.
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