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Dois anos de tragédia: atingidos pela lama da Samarco acumulam prejuízos

pesquisa-rio-doceNeste domingo (5), o rompimento da barragem de rejeitos de mineração da Samarco completa dois anos. Um tempo em que o dia a dia de muitas família continua marcado pelo desastre ambiental com prejuízos difíceis de se calcular. Na tragédia 19 pessoas morreram, casar e uma vila inteira foram destruídas e nada pode ser considerado recuperado.

Em uma praia, a lama não chegou, mas causou um grande impacto. Anchieta, cidade do litoral sul do Espírito Santo, fica a sede da Samarco, que fechou as portas depois do desastre. A empresa, que empregava mais de 1,2 mil pessoas, mantém apenas o trabalho de manutenção, para os equipamentos não enferrujarem. Quase a metade dos trabalhardes  perdeu o emprego.

Mais de 700 funcionários de empreiteiras que atendiam a Samarco também foram demitidos. O movimento no comércio da cidade despencou e a arrecadação de impostos também. “Desde da década de 70, quando a Samarco chegou, o município vive em função da Samarco. Então é uma queda em torno de R$ 60 a 70 milhões de ICMS para o ano que vem”, afirmou Dirceu Porto, secretário de Fazenda de Anchieta em entrevista ao Jornal O Globo.

O porto, por onde o minério era exportado, recebia 200 navios por ano. Hoje está praticamente parado. A Samarco não tem prazo para voltar a funcionar, depende da liberação de licenças ambientais.

O Instituto Últimos Refúgios é uma instituição sem fins lucrativos, que visa à sensibilização ambiental através de imagens. "As pessoas só protegem o que sabem que existe!"

Dois anos se passaram e em Regência, no norte do Espírito Santo, ninguém conseguiu retomar a vida que tinha antes de a lama invadir o rio e praia. A pesca continua proibida por tempo indeterminado perto da foz do Rio Doce. Os pescadores ganham da Renova, a fundação criada para reparar os danos do desastre, um cartão que dá direito a algo em torno de R$ 1,2 mil e cesta básica. Mas o que eles querem mesmo é voltar para o mar.

Nas casas e pousadas da vila, muitas placas de “vende-se”. Quem mora em Regência vive cheio de dúvidas. Isso porque a atividade pesqueira foi suspensa e ambientalistas garantem que a qualidade da água segue comprometida. Para medir os danos ao meio ambiente, os pesquisadores dizem que ainda vai ser preciso fazer muitas análises da lama, da água e dos peixes. No posto de saúde de Regência, o médico diz que ainda não foi feita uma pesquisa para saber se a saúde das pessoas foi afetada. Mas, pelos atendimentos que faz na vila, ele percebe um aumento nos casos de depressão e doenças renais.

Dois anos depois ainda há afluentes com rejeitos da lama de minério da Samarco

Dono de ilha no Rio Doce contabiliza prejuízo de R$ 500 mil graças à lama da Samarco

Lama de minério: pescadores de Baixo Guandu ainda não receberam auxílio

rio_doce_linhares_familias_prefeitura_linahres-209775Em entrevistas recentes, conforme os links acima, ESHOJE foi informada pelos moradores de Baixo Guandu, Colatina e Linhares, que a situação é cada vez mais difícil. Alguns dos prejudicados no Espírito Santo nunca receberam uma indenização ou atenção da empresa. Outros só agora começas a ser procurados pela Samarco, através da Fundação Renova, criada para recuperação dos danos, tando em Minas Gerais quanto no território capixaba.

Na foz do rio, dois anos depois da tragédia, a cor da água dá a impressão que não tem mais lama. É só impressão. Quando o motor do barco passa na parte mais rasa, levanta a lama que está no fundo. O desastre ainda não acabou. A Fundação Renova afirma que ampliou o monitoramento ao longo da zona costeira e da zona de confluência entre o rio e o mar. Declarou também que a turbidez da água na foz do rio está abaixo do limite estabelecido pela legislação e que estão em andamento novos estudos para caracterizar a composição do rejeito, a qualidade da água e o impacto da lama na biodiversidade.

A Prefeitura de Linhares afirmou que não existe restrição para o banho de mar na praia de Regência.(com informações do G1)

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