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Doces como lembrancinhas, não!

Doces como lembrancinhas, não!Você conhece alguma criança que não goste de festa de aniversário? As crianças adoram, se divertem, dançam, brincam, comem e, geralmente levam para casa as famosas lembrancinhas, que, na maioria das vezes, são doces.

Quando estava preparando o aniversário de 1 ano do meu filho comecei a pensar no que eu poderia dar como lembrancinhas para os pequenos convidados. E, eis a surpresa: na maioria dos sites de busca na internet e entre rodas de amigas, as guloseimas foram as mais citadas e lembradas.

Confesso que fiquei muito apreensiva, pois pensei: ‘ Como eu posso dar para crianças de 1,2.. anos doces, sendo que ela não pode comer ainda?’ Se não acontece na prática dentro de algumas casas, é o que deveria acontecer, segundo diversas pesquisas brasileiras e mundiais.
Decidi que iria na contramão do considerado ´normal’e optei por uma bolsa fofa com livros ilustativos e lápis para desenhar. Meu filho completa este ano 3 aninhos e continuo seguindo este pensamento. Não vou dar às crianças o que não acho legal o meu filho consumir: doces.

Algumas mamães podem me considerar radical, mas não. Pensem comigo. Chega uma época que as festas não são mais esporádicas e sim fazem parte dos finais de semana, sendo assim, os doces sempre estarão dentro de casa. Cria-se assim, um ciclo sem fim.

O cientista Robert Lustig, recentemente, afirmou que o açúcar é o veneno dos tempos modernos, possuindo efeitos cuja nocividade só é comparável aos do tabaco e outras drogas. Que tal usar a imaginação e dar uma lembrancinha didática, tenho certeza que as crianças vão adorar!

Conheça 10 motivos para controlar o açúcar ingerido pelos mais pequenos e comece já a pensar em alternativas saudáveis para substituir os doces nas lembrancinhas das festas infantis!

1. Supressão do sistema imunitário
Diversos estudos científicos têm vindo a demonstrar que o consumo excessivo de açúcar compromete o sistema imunitário ao enfraquecer a ação dos neutrófilos, um tipo de leucócitos que desempenha um papel crucial na defesa do organismo multicelular ao combater bactérias e micróbios prejudiciais. O açúcar reduz significativamente a capacidade de resposta dos neutrófilos, pelo que o corpo humano fica mais exposto a ameaças externas.

2. Interferência na absorção de cálcio e magnésio
Na literatura científica, o açúcar tem sido consistentemente apontado como responsável por perturbações do equilíbrio cálcio/magnésio. Especialistas afirmam que o açúcar aumenta o cálcio no sangue ao incitar a reabsorção de tecido ósseo – um estudo recente, conduzido em ratos, demonstra que apesar de o açúcar não ter sido implicado em alterações osteoporóticas, foram encontradas evidências claras de densidade óssea empobrecida em animais que seguiam uma dieta à base de açúcar.

3. Diminuição da quantidade de nutrientes recolhidos
Alguns tipos de açúcar, como a sacarose e o xarope de milho, contêm enormes quantidades de calorias sem quaisquer nutrientes essenciais. Por esse motivo, são frequentemente apelidadas de “calorias vazias” – o corpo não recebe proteínas, gorduras essenciais, vitaminas nem minerais, apenas pura energia. Uma alimentação infantil onde 10% a 20% das calorias ingeridas chegam através de alimentos à base de açúcar pode revelar-se altamente problemática, podendo contribuir para graves deficiências em termos de nutrientes.

4. Depressão
O consumo de açúcar provoca uma autêntica montanha-russa nos níveis de açúcar no sangue, alternando picos com decréscimos acentuados, que podem agravar os sintomas relacionados com transtornos de humor. A pesquisa científica tem ligado o consumo excessivo de açúcar a um risco acrescido de depressão e intensificação dos sinais de esquizofrenia. Isto acontece porque o açúcar suprime a atividade de uma hormona chamada BDNF, normalmente baixa em indivíduos com depressão e esquizofrenia. Paralelamente, o açúcar parece ser a raiz da inflamação crónica, que afeta o cérebro e outros sistemas do corpo implicados na depressão. Curiosamente, países com altos consumos de açúcar apresentam também uma elevada taxa de depressão. A depressão afeta cerca de 2% das crianças em idade pré-escolar, pelo que reduzir o consumo de açúcar pode ajudar a conter este problema.

5. Cáries
A cárie dentária é uma doença multifatorial, infecciosa e dependente de sacarose. Para se desenvolver, a cárie necessita da interação entre micro organismos patogénicos e uma dieta cariogénica, num hospedeiro que ofereça um ambiente adequado, durante um determinado período de tempo. As cáries estão intimamente ligadas à introdução dos hidratos de carbono refinados na dieta alimentar, principalmente o açúcar, que é considerado o dissacarídeo mais cariogénico. A análise estatística dos resultados obtidos em inúmeros estudos científicos confirma que a preferência por alimentos doces está relacionada com um maior número de cáries nas crianças. E todos sabemos que é de pequenino que se começa a cuidar dos dentinhos!

6. Aumento exponencial dos níveis de adrenalina
Um estudo da Faculdade de Medicina da Universidade de Yale demonstrou que, algumas horas após crianças normais e saudáveis ingerirem uma grande quantidade de açúcar com o estômago vazio, os seus corpos começam a libertar grandes quantidades da hormona adrenalina (também conhecida como epinefrina), que causa sintomas como tremores, ansiedade e excitação… algo que pode rapidamente evoluir para cansaço, irritabilidade e birras!

7. Obesidade
A obesidade infantil duplicou desde a década de 1970, enquanto a obesidade em adolescentes mais do que triplicou no mesmo período – atualmente, quase um terço das crianças possui excesso de peso. Estudos constataram que os mais pequenos consomem três a quatro vezes mais a dose diária recomendada de açúcar, e esta tem sido apontado como uma das principais causas de obesidade nas crianças.

8. Eczema
Investigadores têm sugerido uma ligação entre o desenvolvimento de eczema e alergias alimentares. Tal ligação tem dado suporte à exclusão de certos alimentos da dieta como um meio de tratamento. O açúcar, especialmente na sua forma mais refinada, pode ser o principal culpado por de trás de muitas doenças inflamatórias. Ao consumir alimentos ricos em açúcar, o corpo liberta insulina, juntamente com radicais livres prejudiciais, que têm o potencial de danificar as células saudáveis. Esse dano promove uma resposta inflamatória enquanto o sistema imunológico tenta combater os radicais livres. As crianças são particularmente propensas a alergias alimentares nos primeiros anos de vida, pelo que o açúcar deve ser consumido com cautela.

9. Mau humor
A ingestão diária e excessiva de açúcar provoca irritabilidade e mau humor nas crianças quando, algumas horas após o consumo, os níveis de açúcar no sangue caem abruptamente.
10. Pode agravar sintomas da síndrome de défice de atenção e hiperatividade
Apesar de controversa, esta é uma afirmação que continua a ser estudada pela ciência moderna, existindo alguns estudos que corroboram a ligação entre consumo excessivo de açúcar e hiperatividade em crianças, enquanto outros descartam totalmente tal vínculo. Não obstante, existem evidências credíveis no sentido de o açúcar ser responsável por afetar negativamente a capacidade de concentração dos mais pequenos.

Fonte: https://pequenada.com/artigos/10-motivos-para-controlar-acucar-alimentacao-criancas

Aneph Reis
Aneph Reis
Aneph Reis é jornalista, adora viajar mundo afora e entrou de cabeça no maior projeto de sua vida: a maternidade! Ela é mãe de Victor, que vem mudando sua vida desde o momento em que descobriu que ele chegaria.

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