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Diretor da Pró Matre: “Por falta de funcionários, não temos como manter os atendimentos”

Laureen Bessa – [email protected]

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Segundo o diretor técnico da Pró Matre, o obstetra Helcio Couto, a maternidade está em funcionamento com apenas um terço do quadro efetivo. “Estamos com um terço dos funcionários no hospital, eles compareceram para atender apenas os pacientes que já estavam internados. Os funcionários não estão trabalhando por causa da falta dos pagamentos, os médicos não recebem desde dezembro de 2014, os funcionários não receberam o mês de fevereiro, nós dependemos dos recursos Federal e Estadual, e por falta de funcionários, não temos como manter os atendimentos”, afirmou.
A maternidade possui uma equipe de 50 médicos e 250 funcionários, entre enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem, pessoal da limpeza e cozinha. Por conta da falta dos profissionais, internações não estão sendo realizadas, dos 60 leitos disponíveis no local, apenas dois estão ocupados.
“Não temos como fornecer atendimento sem os profissionais da área, então estamos fazendo as avaliações de cada caso e estamos encaminhando as gestantes para hospitais mais próximos como a Santa Casa e a Hucam, mas eu sei que esses hospitais não irão atendê-las, pois estão lotados. Somente casos de urgência e emergência que estamos aceitando”, contou o obstetra.
Couto informou ainda que devido ao decreto do governador, Paulo Hartung (PMDB), de reduzir em 20% os gastos da máquina pública, dos 450 partos que eram feitos por mês, atualmente apenas 327 estão sendo realizados. Mas mesmo assim, a dívida da maternidade continua ‘rolando’.
“Toda semana estamos em contato com a secretaria, mas a resposta e a promessa é sempre a mesma, não temos recurso, mas até maio tudo estará em dia. Temos bons funcionários, os atendimentos é de ótima qualidade, somos referência no Estado, mas queremos que o secretário veja que a saúde é prioridade”, frisou Helcio Couto.
Preocupado, Wesley Soares, levou a mulher, Andressa, que está grávida de sete meses para verificar um sangramento, mas não sabe se terá o atendimento necessário. “Primeiro fomos para a Santa Casa, mas nos informaram lá que não tinha como atendê-la e que era para gente atentar atendimento aqui. Esperamos por quase duas horas, mas não sabemos se ela será atendida, estou muito preocupado, se ela não poder ficar aqui e tiver que para o Hospital das Clínicas que também está lotado, o que vamos fazer?”, indagou.
Segundo a gerente de Regulação Assistencial, Maria Gorette Casagrande, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), herdou uma dívida da gestão passada de R$ 155 milhões. Deste total, R$ 68 milhões são referentes a atrasos dos meses de outubro, novembro e dezembro dos hospitais filantrópicos
.
De acordo com a nota da Sesa, a secretaria já começou a pagar parte desta dívida em fevereiro e o cronograma de pagamento dos demais meses está sendo elaborado. “A Maternidade já recebeu parte da dívida referente aos meses de outubro e novembro e nesta semana receberá a produção referente ao mês de janeiro”.
A secretaria informou ainda que as gestantes que necessitarem de atendimento podem ir para a Maternidade de Carapina, Maternidade de Cariacica, Santa Casa de Vitória, Hospital das Clínicas, Hospital Estadual Infantil e Maternidade de Vila Velha. Já as gestantes com risco, devem procurar o Hospital Estadual Dr. Jayme Santos Neves.
A Secretaria de Estado da Saúde informa ainda que iniciou os pagamentos de janeiro desde a semana passada. A Pró-Matre receberá, esta semana, R$ 222 mil, referente ao mês de janeiro.

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