Uma pesquisa, realizada em 10 supermercados, mostrou que o valor dos tradicionais produtos consumidos no Natal podem apresentar até 357,3% de diferença no custo, na Grande Vitória.
De acordo com o projeto Vigilante$ do$ Preço$ do Núcleo de Extensão da Faculdade Doctum de Vitória, é o caso do pacote de frutas cristalizadas, enquanto em determinado supermercado o preço coletado foi de R$ 6,98/Kg em outro estabelecimento o mesmo produto sairia por R$ 31,92/Kg, ou seja, 357,3% mais caro. Cabe ressaltar que a embalagem mais cara desse produto estava sendo comercializada com o peso de 250g ao preço de R$ 7,98.
Entre as carnes, o tradicional Peru Sadia teve a maior oscilação de preço entre os estabelecimentos pesquisados, em torno de 38,1%. Os preços do quilo do produto estão variando entre R$ 16,58 e R$ 22,90.
A Ave Supreme Sadia teve a variação de preço em torno de 8%. Os preços do quilo desta ave estão variando entre R$ 13,80 e R$ 14,90.
Já o Peito de Peru Sadia temperado, apresentou variação de preços em torno de 11,1% entre os estabelecimentos pesquisados. Os preços do quilo do produto estão variando entre R$ 35,90 e R$ 39,90.
A variação de preço do Panetone Bauducco tradicional de 500g foi de até 46,2%. Em determinado estabelecimento o preço do produto estava R$ 16,35, enquanto o maior preço foi encontrado por R$ 23,90.
Outros produtos pesquisados também tiveram variações expressivas de preços entre os estabelecimentos pesquisados: damasco turco seco (239,5%), amêndoas sem casca (158,4%), uva passa (149,7%), avelã sem casca (118%) e ameixa seca sem caroço (111,3%).
Os preços das carnes natalinas apresentaram preços semelhantes ao ano anterior com alta média em torno de 1,1%, bem abaixo da inflação estimada para o ano, em torno de 2,6% (IPCA do IBGE). O preço do quilo do Peru temperado Sadia subiu 2,1%, enquanto o Peito de Peru Sadia registrou alta de 1,5% em relação a pesquisa de dezembro de 2016. Entre as carnes natalinas, a queda de preço registrada na pesquisa foi na Ave Supreme Sadia, recuo de 0,8%. O Chester Perdigão tradicional registrou alta de 0,7%.
O tradicional Panetone Bauducco de 500 gramas registrou queda média em torno de 8,7% em seus preços praticados nos estabelecimentos da Grande Vitória.
Em relação às frutas secas típicas de natal, as oscilações foram expressivas para cima ou para baixo.
CASTANHA-DO-PARÁ: Alta média de 90%. A falta de chuvas sem precedentes que assolou a região amazônica no início de 2016 impactou fortemente a oferta da castanha-do-pará. Na verdade, os castanhais foram castigados no ano passado por uma combinação de baixa produtividade (a cultura é de ciclo bianual) e a falta de chuvas potencializada pelo El Niño. A produção da amêndoa registrou nesta safra uma quebra estimada de 70%, afetando, assim, os preços praticados em 2017, em função da forte demanda pelo produto.
CASTANHA-DE-CAJU: Alta média de 41,1%. Nas principais regiões produtoras, a perda de rendimento dos cajueiros pode ser explicada pela seca intensa dos últimos quatro anos no Nordeste brasileiro, afetando, desse modo, os preços praticados em 2017.
Em relação às frutas secas importadas, em função da queda do Dólar frente ao Real em torno de 4% no final de ano (cotação de R$ 3,40 em 2016 para R$ 3,26 em 2017), houve recuo de preços nos itens importados. As avelãs sem casca apresentaram o maior recuo de preço (-21,3%) seguida das amêndoas sem casca (-14,4%), nozes sem casca (-10,3%) e damasco turco seco (-5,3%).
Na metodologia utilizada a marca, modo de apresentação e procedência não foram considerados para os itens castanha-de-caju, castanha-do-pará, damasco seco, amêndoas, avelãs e nozes.
Outros itens que tiveram alta expressiva de preço foram o pacote de fruta cristalizada (55,2%), pacote de uva passa (26,1%) e pacote de ameixa seca sem caroço (18,9%).
