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Dick a mangé à la maison de Noca

Uma discussão tão saudável quanto inconcebível travada hoje no perfil do amigo Higner Mansur, no Facebook, acabou me remetendo a mais uma reflexão. E como ando reflexivo…
Mansur, intelectual e advogado, que dispensa qualificações, manifestava seu justo inconformismo com o comportamento de algumas pessoas que não conseguiam esconder sua injustificada indignação pelo fato de a mídia corporativa nacional, de forma geral, e capixaba, de forma particular, dar maior relevância ao bárbaro atentado em Paris do que à tragédia provocada non Espírito Santo e em Minas Gerais em consequência do rompimento de uma barragem da mineradora Samarco.
É como se as pessoas quisessem media a importância das tragédias. Uma gradação em que se pudesse atribuir uma nota de 1 a 10 para indicar a importância dos eventos.
Não foram poucos os incautos que aproveitaram o tema em pauta para desfilar um festival de sandices pseudopatrióticas, despejando toda a ira contra a Rede Globo de Televisão por ter, de forma específica na data de ontem (13/11) dedicado no Jornal Nacional mais tempo aos atentados em Paris do que aos estragos (provavelmente irreversíveis) causados ao rio Doce.
A Rede Globo, ainda que possa ser apontada como esteio da ditadura militar nos anos de chumbo, não tem qualquer culpa em relação aos atentados em Paris. Mas tampouco na morte do rio Doce.
Os países ocidentais, capitaneados pelos Estados Unidos – que criaram esses estados islâmicos (terroristas e também vítimas do terrorismo de Estado) – é que devem responder pelos exércitos fanáticos que criaram para Sadam e Bin Laden quando isso lhes era interessante.
O fundamentalismo islâmico é uma produção do capitalismo internacional. Esses povos foram treinados e doutrinados para dar a vida por Alá. E acreditam que a recompensa é o paraíso com direito a sete virgens vestais. Desnecessário dizer que muita gente faria por menos.
Os atentados de Paris são um crime contra a humanidade, sem dúvida, mas não se podem omitir as atrocidades cometidas contra os povos do Oriente Médio em nome da democracia.
A Rede Globo também não tem qualquer responsabilidade sobre a tragédia provocada pela mineradora Samarco.
A responsabilidade é dos governos que, sucessivamente, fecharam os olhos à fiscalização ambiental em nome da possibilidade de aumentar o patrimônio econômico de alguns “cumpanhêro”.
Não foi a Rede Globo que provocou o rompimento das barragens de Fundão e de Santarém, na unidade industrial de Germano, localizada nos municípios de Mariana e Ouro Preto, em Minas Gerais.
A tragédia brasileira é frutas da omissão e da corrupção governamental. Da ganância insaciável de nossos governantes, que por acertos que variam de 10% a 20% são tolerantes com toda forma de ilegalidade.
E apenas para ser apocalíptico, no caso da Samarco o pior ainda está por acontecer.
É só questão de tempo.
Questão de dias.
Mais uma tragédia anunciada.

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