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Dia Mundial da Amamentação: leite que pode salvar vidas

amamentação-exclusiva_divulgacaoVisando promover o aleitamento materno e a criação de bancos de leite, garantindo melhor qualidade de vida para as crianças, dia 1º de agosto comemora-se o Dia Mundial da Amamentação. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a amamentação é a principal forma de oferecer ao bebê os nutrientes necessários para sua sobrevivência e seu desenvolvimento. No leite materno, a criança também encontra anticorpos fundamentais para protegê-la no início da vida. Para a mulher, o aleitamento pode proteger contra o câncer de mama e de ovários. Além disso, a amamentação é capaz de ampliar o vínculo afetivo entre a mãe e o bebê. 

A nutricionista materno-infantil, Nicolle Fiorot, destaca que nos seis primeiros meses de vida, o bebê que mama no peito não precisa da complementação de nenhum outro alimento, como água ou chás. Neste período, deve ocorrer o aleitamento materno exclusivo. “O leite materno mata a sede, a fome, possui todos os nutrientes que a criança necessita para crescer e se desenvolver forte e saudável. Ele nutre, protege contra doenças, é mais digestivo, elimina mais rapidamente as fezes do bebê (prevenindo a icterícia), diminui os riscos de alergias, diabetes e obesidade”, ressaltou.

Nicolle explica também que o ato de amamentar é bom não só para a saúde do bebê, mas também a da mãe. “Com a amamentação, a mãe reduz as chances de desenvolver anemia e diabetes, por exemplo. Além disso, ela perde mais rápido o peso que ganhou durante a gravidez e fortalece os laços com o bebê. Ele, então, cresce mais seguro, pois existe troca de carinho, afetividade e amor”, pontuou. De acordo com Nicolle, a amamentação com leite materno pode ser estendida até acima dos dois anos de idade. “O ideal é que o desmame seja natural”, enfatizou. 

Estudos também indicam que o risco da mãe desenvolver câncer de mama e ovário diminui com a amamentação. “O aleitamento materno auxilia na contração do útero materno, reduzindo o risco de sangramento intenso ou de infecções após o parto”, explica a ginecologista e obstetra Erika Marba.

Ainda segundo a especialista, a amamentação também evita doenças infecciosas no bebê e, segundo recomendações da OMS e do Ministério da Saúde é interessante priorizar cada vez mais o contato com a mãe e o aleitamento do bebê na primeira hora de vida do recém-nascido. “É que o primeiro leite, o colostro, funciona como uma primeira vacina, protegendo o bebê de diversas infecções, além de ajudar o intestino a amadurecer e funcionar melhor”, explicou a médica.

Foi pensando nisto, em reforçar a importância do aleitamento materno e da doação do leite humano, que a fisioterapeuta obstétrica, amamentóloga e fisiodoula, Romina Amarante, criou a campanha “Mamaço com abraço”, que chega à sua segunda edição este ano. “Nossa missão é encorajar mães que amamentam a serem doadoras e ampliar o estoque de leite materno para distribuição às crianças hospitalizadas, que não podem ser alimentadas diretamente por suas mães. Desta forma, o bebê carente de leite materno pode suprir sua necessidade e, assim, se desenvolver de forma mais saudável. Amamentar é um ato natural e instintivo, mas também de amor e, acima de tudo, de doação. Exercer a solidariedade e ajudar ao próximo pode salvar vidas”, enfatizou. 

No dia 12 de agosto, Romina reunirá um grupo de mães, todas vestidas com camisas candy color, para um piquenique em Vitória. Com o objetivo de chamar atenção para a causa, elas posarão para uma foto com seus bebês e segurando um potinho de leite aos olhos da fotógrafa Cris Coelho. O encontro contará ainda com um bate-papo com a nutricionista Nicolle Fiorot, sobre a importância nutricional do leite materno e os benefícios dele para o desenvolvimento do bebê, além de palestra com a enfermeira Mônica Barros de Pontes, responsável pelo Banco de Leite do Hospital das Clínicas, sobre como tornar-se uma doadora de leite materno e as estatísticas de quantas vidas podem ser ajudadas com a doação. 

O leite materno pode ser doado em Bancos de Leite Humano. O leite doado passa por uma seleção, classificação e pasteurização, sendo então distribuído com qualidade certificada e sem risco de contaminação aos bebês internados. Considerado por muitos o alimento mais nutritivo do mundo, o leite materno pode, até mesmo, evitar a mortalidade infantil.

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