O envelhecimento é um fato biológico normal que atinge todos os organismos vivos. Porém, o desafio da idade não se restringe à legislação, pois se refere também à saúde, uma vez que muitos idosos sofrem com a diminuição das suas capacidades físicas e, muitas vezes, mentais, além da possibilidade de desenvolver doenças crônicas comuns com a idade.
Por isso no Brasil, o dia 1º de outubro comemora-se o Dia Nacional do Idoso. Instituído em 2006 pela Lei Federal 11.433, a data reforça a importância da inclusão social desta parcela da população, além de garantir o acesso aos benefícios conquistados, conforme o Estatuto do Idoso, entre elas o acesso à saúde.
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre 2005 e 2015, a proporção de pessoas acima dos 60 anos, passou de 9,8% para 14,3%. Atualmente há aproximadamente 14 milhões de idosos no país.
A projeção feita pelo IBGE aponta ainda que em 20 anos, o Brasil será o 6º país no mundo com o maior número de pessoas idosas. “Envelhecer é bom. Posso curtir meu tempo, meus filhos, meus netos. Vejo graça em coisas que eu sequer percebia por pura falta de tempo. Hoje, graças à minha idade, posso observar tudo, todos, rever conceitos. Sou feliz em dizer que cheguei a terceira idade”, comemora a aposentada Marinete Teixeira, 70 anos.
Já o também aposentado, Marcio Alves, 69, não está muito satisfeito. “Tem horas que eu até digo que é melhor morrer a ficar velho. A gente passa a ter problema de tudo, dor em tudo e também dependemos mais dos outros. Quando eu era mais moço fazia de tudo, sem precisar conversar com quem quer que seja. Hoje desde o médico até as coisas que tenho em casa, preciso conversar com filho e até meus netos”.
Prestes a completar 70 anos de idade, Arlete Santiago contabiliza 44 netos, 17 filhos e 19 bisnetos. Ela, que já trabalhou como ajudante de pedreiro e auxiliar de serviços gerais, é, atualmente, a vereadora mais velha da Grande Vitória. Dona Arlete está em seu primeiro mandato da vereadora, eleita em Vila Velha uma conquista que veio após muita luta e superação.
“Eu sempre fui muito ativa. Caminho bastante durante o dia, estou sempre em contato com as pessoas. Também como muitas verduras e legumes. Mas, não abro mãe de um refrigerante”, brincou a idosa.
Como vereadora, Dona Arlete é presidente da Comissão de Defesa e Promoção dos Direitos das Mulheres e integrante da Comissão de Assistência Social, da Câmara. No primeiro ano de mandato, é autora de três importantes projetos, que viraram lei: de garantia da matrícula de irmãos na mesma unidade municipal de ensino (Lei n° 5.856/2017); que institui o Selo Amigo do Consumidor (Lei n° 5.854/2017) e a Política Municipal da Primeira Infância (Lei n° 5.858/2017).
Se 2015 tinhamos pouco mais de 204 milhões de habitantes, então seríamos pouco mais de 26 milhões de idosos em todo país e não 14 milhões. Retifica, por favor.