Por Thiago Sobrinho
Nesta terça-feira, 25 de novembro, foi comemorado o Dia Internacional de Combate à Violência Contra a Mulher. Uma data que busca não apenas ir contra as agressões físicas que as mulheres sofrem, mas também violências psicológicas, o machismo e demais atos que destroem a vida de milhares de mulheres que vivem nos nossos municípios.
Na capital capixaba um grupo de 20 pessoas se reunia nas proximidades da Praça Costa Pereira e, com gritos, batuques e cartazes, lembraram a luta pelo fim de toda a forma de violência – seja ela física ou simbólica – contra a mulher.
Com o tema “Meu viver não pode me culpar e nem me matar”, eles estão ali de vigília para denunciar e relembrar à sociedade capixaba o alto índice de feminicídio de mulheres no Estado e também as agressões física, psicológica, institucional, racial e de orientação sexual.
A militante do Fórum das Mulheres do Espírito Santo, Suellen Suzano, acredita que esse tipo de ação é importante para mudar a sociedade em que vivemos. “A nossa intenção é desconstruir a imagem de que a responsável pela violência sofrida é a própria mulher e não o agressor”, afirma.
Ainda na análise de Suellen, o Governo do Estado do Espírito Santo é ineficaz em garantir a segurança das capixabas. “Infelizmente, a segurança pública aqui no Estado é muito fraca. Há casos de mulheres que procuram as delegacias para procurar ajuda e lá dentro são desmotivadas a denunciar os crimes que sofreram”.
Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) coloca o Espírito Santo como o estado brasileiro mais violento para as mulheres. No ano passado, de acordo com dados da Divisão de Homicídios da Polícia Civil, 10% de todos os assassinatos ocorridos por aqui foram de mulheres
O ato promovido pelo Fórum das Mulheres do Espírito Santo contou com várias entidades de mulheres e a previsão era encerrar as 20h.
O 25 de novembro foi instituído durante o 1º Encontro Feminista Latino-americano e Caribenho, realizado há 33 anos, em homenagem às irmãs dominicana Pátria, Minerva e Maria Teresa, conhecidas como “Las Mariposas”, que lutavam contra a ditadura de Trujillo, na República Dominicana, e foram torturadas e assassinadas.