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Dia da Árvore: é triste o saldo encontrado na GV com relação ao plantio, destaca ecóloga

árvoreJá reparou quantas árvores há na sua rua ou bairro? Esse fator é importante para a qualidade de vida nos centros urbanos. A quantidade mínima preconizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é de 12 m² de área verde por habitante, e a ideal é de 36 m². No mundo, a referência é Estocolmo: são 86 metros quadrados de área verde por habitante. Em teoria, quanto mais verde a cidade, melhor a qualidade do ar que se respira e mais agradáveis são a paisagem e o clima – as sombras criadas pelas copas, a umidade gerada pela vegetação em geral e a quantidade maior de área permeável são características que ajudam nesses aspectos. Mas na Grande Vitória há muito a se avançar ainda.

No município de Cariacica, por exemplo, nem 100 árvores foram plantadas nos nove meses deste ano. De acordo com a doutora em Botânica, ecóloga e professora da Ufes do curso de Biologia, Luciana Dias Thomaz, o grande benefício de uma cidade arborizada é evitar as grandes enchentes. Ela destaca que se a cidade de Vila Velha tivesse grande número de árvores, os problemas com as chuvas seriam menores. “Em Vila Velha faltam árvores e praças com elas. As fortes chuvas atingem mais a cidade porque não tem árvores. As folhas interceptam a água, o solo absorve, mas na cidade sem elas, nem o bueiro limpo consegue dar conta”, destacou Luciana Thomaz.

Se o poder público não faz sua parte em alguns locais, tem quem não esconde o amor pela natureza e assuma o papel de protagonista. A dona de casa Marly Henriques Bomfim nem sabe quantas mudas já plantou e se declara apaixonada por todas elas. “Eu gosto muito de planta, desde pequena. fui criada em quintal e vivia subindo em árvores, sempre estive cercada por elas. Mas hoje minha casa é rodeada por prédios, então faço ainda mais questão de plantar para ter um ar mais puro”. Ela disse ainda que nos momentos de lazer busca locais que sejam tomados pelo verde. “Quando quero passear procuro sempre parques e praças, porque além da beleza, ficar entre elas me descansa”. No quintal de Marly entre suas árvores estão de frutas como carambola, banana, manga, amora, limão, mexerica, romã, coqueiro, pimenta rosa e mais outras tantas.

Na Região Metropolitana capixaba as cidades de Vitória e Serra têm feito o dever de casa. Mas a doutora em Botânica destaca que existe disparidade entre as regiões dentro da própria capital. “Andar pela Praia do Canto e pela região da Avenida Leitão da Silva é um teste que mostra a grande diferença da qualidade do ar no dois. A sensação térmica na avenida é muito maior pela falta de árvores”, destacou.

Segundo ela, no entanto, a cidade está bem arborizada se comparada as vizinhas Cariacica e Vila Velha. Na primeira este ano somente 98 mudas foram plantadas este ano. Enquanto em VV a prefeitura não soube informar quantas foram plantadas, mas destaca que dez mudas produzidas no Dia da Árvore de 2017 por alunos da UMEI São Francisco de Assis serão plantadas este ano.

De acordo com a prefeitura, Vitória conta com quase 32 mil árvores plantadas e catalogadas. Somente este ano foram retiradas 1030 e plantadas 1497. Gessiel Santos Quedevez já plantou mais de 90 e diz que se emociona ao ver aquela mudinha plantada por ele se tornar uma bela árvore. “Quando estou plantando uma árvore fico tão satisfeito, ainda mais quando vejo crescer. Vou cuidando e vendo seu crescimento, é muito bonito. É gratificante demais”.

arvore na serrDe acordo com a Secretaria de Meio Ambiente (Semma) da Serra, a intenção é oferecer a população um “ar-condicionado natural”. Somente no primeiro semestre, o município superou todo o ano passado, quando foram plantadas duas mil mudas. Até julho de 2018 foram plantadas 2.802 exemplares de árvores nativas em diversos locais. E até o final do ano serão mais de 3.500.

“Tinha que ser instituído o dia do plantio, e tal qual doação de sangue, ser incentivado a todos que plantem árvores. O mais triste é visitar o interior do Espírito Santo e perceber que as pessoas acham que progresso é asfaltamento, abrindo mão da vegetação. As praças estão sem árvores e isso só mexe com a natureza. Casa vez menos temos como prevê as ações da natureza e as chuvas chegam sempre mais agressivas. Isso tudo é resultado disso”, finalizou a ecóloga.

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