Neste ano, o esforço concentrado do ‘Dia D’ para atrair o público visado para a vacinação ganha ainda maior importância ao lembrar que o Espírito Santo pretende vacinar uma população maior do que a do ano passado: 223 mil a mais, em função da inclusão de pacientes com doenças crônicas não transmissíveis e mães com até 45 dias após o parto entre os grupos contemplados.
Além desses dois novos públicos, a campanha também abrangerá, como de costume, idosos com 60 anos ou mais, crianças de seis meses a menores de dois anos de idade; grávidas em qualquer fase gestacional; profissionais de saúde que lidam diretamente com atendimento à influenza e população indígena.
A médica sanitarista do Programa Estadual de Imunizações, Marta Casagrande, que também é pediatra, disse que toda a estrutura foi preparada para facilitar o acesso da população aos postos de vacinação, visando à proteção, principalmente, dos grupos mais vulneráveis ao vírus da gripe.
Segundo ela, há uma grande preocupação da Secretaria de Estado da Saúde em conscientizar as pessoas para a importância da vacinação. Entre os grupos contemplados pelo Ministério da Saúde, o das gestantes é o que oferece maior resistência em tomar a vacina e, por isso, a meta de 80% nesse grupo específico não tem sido alcançada em anos anteriores.
“É preciso que a gestante entenda que a gripe na gestação é potencialmente grave. Em 2009 e 2010 quando houve a pandemia pelo vírus da H1N1, o grupo que registrou mais casos foi o de gestante. Por isso, a partir daí o Ministério da Saúde incluiu a gestante entre os grupos de maior vulnerabilidade”, explicou a medica.
A partir deste ano, também as puérperas, mães com até 45 dias após o parto, passam a ser contempladas, como mesmo objetivo: o de proteger a mãe e também ao filho. “A mãe protegida não transmite a gripe e, além disso, passa anticorpos para o bebê recém-nascido, por meio do aleitamento materno”, destacou.
Marta Casagrande explica que a resistência das gestantes é provocada por um medo sem fundamento de que a vacina provoque alguma implicação na saúde do bebê. E afirma: “Essa vacina é muito segura e tamanha é a segurança que ela é liberada desde o início da gravidez. Ela não contém vírus vivo, é fragmentada, portanto não leva a nenhum risco da gestação”.
A médica cita a parceria importante da Sociedade Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, que vem ajudando a tranquilizar as futuras mamães, indicando o uso da vacina.
A campanha contra a gripe vai até o dia 26 de abril. A dose da vacina é trivalente – protege contra três tipos de vírus, incluindo a Influenza A H1N1.
Campanha contra gripe
Público-alvo
* Categorias de risco clínico com indicação da vacina Influenza: pacientes que sofrem de obesidade, diabetes, doença respiratória crônica, transplantados, imunodeprimidos ou doença cardíaca, renal ou hepática vão poder tomar a vacina em qualquer posto de saúde municipal, bastando apresentar um atestado médico.
Meta de cobertura: alcançar 80% por grupo e 80% de homogeneidade em todo o Estado até 26 de abril, quando encerra a campanha.