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Deu a louca no planeta

Nestes tempos modernos temos testemunhado, muitas vezes sem a devida atenção, fatos absolutamente incríveis. Comecemos pelo Brasil: não faz muito tempo, em plena capital, a apenas 500 metros das sedes dos Poderes constituídos, uma carga de cavalaria foi enfrentada por índios armados de arco e flecha – um conflito tragicômico que correu o mundo, para nosso desdouro.
         Enquanto isso, no Reino Unido, foram registradas 114.000 agressões a policiais entre 2008 e 2014. Além de apanhar, a polícia daquele país também é roubada: em Derbyshire carregaram o revestimento externo das paredes de uma delegacia, em Lancashire dois cães policiais e em Manchester toda a carne da despensa, quatro pneus, uma viatura policial inteira e até uma espada de samurai. Calculou-se que em apenas três anos ladrões carregaram quase R$ 420 mil em equipamentos da polícia de West Midlands, R$ 190 mil da de Witshire e R$ 160 mil da de Manchester. O mais incrível é que apenas 30% de todos estes crimes foram apurados.
         No norte da Itália, ladrões invadiram uma prisão, arrebentaram uma parede na qual estava chumbado um cofre e o carregaram pelas ruas afora – segundo consta, dentro do dito cujo estavam cerca de US$ 6 mil.
         Na Rússia, ladrões carregaram uma ponte inteirinha, de metal, que cruzava um rio na região de Ryazan. Em outra localidade, Syktyvkar, outros amigos do alheio decidiram ser melhor levar embora uma estrada – toda a pavimentação de concreto da mesma simplesmente desapareceu.
         Nos EUA, segundo informou o respeitado jornal “National Post”, as Forças Armadas elaboraram um plano de combate contra uma invasão zumbi no país. O documento, que começa com a frase “isto não é uma brincadeira”, define as regras de combate para a atuação contra mortos-vivos. São citados zumbis espaciais, vegetarianos e, inclusive, mágicos.
         Na Romênia, elegeram um morto para governar uma cidade. Na Austrália, querem submeter os deputados a testes de “bafômetro”, a fim de que não participem de votações embriagados. No Butão, parlamentares não podem usar computadores no Congresso – a justificativa: poderiam ficar jogando e vendo fotografias. Aliás, descobriram que em pouco mais de um ano os computadores do vetusto Parlamento Britânico tentaram acessar “sites” pornográficos nada menos que 300 mil vezes.
         No Irã, um condenado à morte sofreu um ataque cardíaco segundos antes da execução – foi socorrido, tratado e curado, para que pudesse ser executado. Nos EUA, um outro condenado, doente mental, foi tratado até que ficasse são o suficiente para compreender que seria executado.
         No Reino Unido, um juiz condenou um cidadão a pagar uma indenização porque ele era “um idiota”.  Ainda naquele país, uma criança de dois anos foi processada por vandalismo. No Paquistão, uma outra de nove meses – sim, meses – foi processada por homicídio, com direito a comparecer a um juizado e tudo o mais.
         Na Nova Zelândia inventaram um certo “imposto sobre a flatulência de ovelhas”, segundo consta para cumprimento das metas do Protocolo de Kyoto. Na Índia, uma banda de música criada pelo governo vai para a porta das casas dos sonegadores, e fica lá fazendo barulho até que os impostos devidos sejam pagos.
         Nos EUA, uma lei do Estado de Ohio proíbe embebedar peixes. Por falar em álcool, quem beber antes das cinco da tarde em Uganda vai parar na delegacia – mesmo destino de quem atira bolas de neve sem autorização do prefeito em Calgary, no Canadá. E que dizer do Primeiro-Ministro da Nova Zelândia, que foi a público, após visitar um médico e um veterinário, declarar por escrito não ser um réptil alienígena?
         Não sei por que, mas acabo de recordar Camus, a exclamar que “o absurdo é o conceito essencial e a primeira verdade”.
Pedro Valls Feu Rosa
Pedro Valls Feu Rosa
Desembargador do Tribunal de Justiça do Espírito Santo desde 1994. Programador de computadores, autor de diversos “softwares” dedicados à área jurídica, cedidos gratuitamente a diversos Tribunais do Brasil. Articulista de diversos jornais com artigos publicados também em outros países, como Suíça, Rússia e Angola.

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