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Despedida de Thayná é marcada por sentimento de tristeza e indignação

Velório da menina Thayná foi realizado no bairro Flexal, em Cariacica. Foto: Úrsula Ribeiro
Velório da menina Thayná foi realizado no bairro Flexal, em Cariacica. Foto: Úrsula Ribeiro

Caixão lacrado e com um porta-retratos em cima. Foi assim o velório da estudante Thayná Andressa de Jesus , de 12 anos, que teve início da noite da última terça-feira (05), numa igreja evangélica, no bairro Flexal II, em Cariacica. A liberação da ossada da vítima foi realizada também na terça, no Instituto Médico Legal, em Vitória.

Nesta quarta-feira (06), pela manhã, o clima era de muita tristeza e indignação. Amiga da mãe de Thayná, Luciene Pereira Borges, contou que passou a madrugada no velório, e que todos buscam confortar a família. “Seria muito pior se a Clemilda não tivesse nem o corpo da filha para enterrar. É um momento muito triste, e ela está muito abatida. O que nos resta agora é tentar confortar a família,” declarou Luciene.

Já Maria da Penha da Luz Pereira contou que considerava a menina como uma filha. Para ela, ainda é muito doloroso imaginar o quanto Thayná sofreu . “Eu considerava Tayná como uma filha. Desde muito pequenininha ele frequentava minha casa. É muito triste ter que se despedir dela hoje, espero que esse monstro que fez isso com ela fique preso para sempre,” desabafou.

Thayná Andressa de Jesus, 12, despareceu no dia 17 de outubro. Ela saiu para buscar caixas de papelão a pedido da mãe, mas não voltou para casa. Imagens de câmeras do bairro Universal, em Viana, mostraram a menina entrando em um veículo Gol Prata (placas MTN 8789), que segundo a polícia, era dirigido por Ademir Lúcio Araújo Ferreira, 52, que já responde por homicídios e foi denunciado por estupro de uma menina de 11 anos, três dias antes de Thayná desaparecer.

Em depoimento à polícia, um queijeiro disse que conhecia e comprou o veículo Gol Prata (placa MTN 8789) de Ademir Lúcio no dia 28 de outubro, na feira de Cobilândia, em Vila Velha. Alegando que “estava precisando fazer dinheiro”, o homem fechou a venda em R$ 5 mil, mas só recebeu parte do valor (cerca de R$ 2 mil), em dinheiro. Segundo José Lopes, o carro é fruto de um golpe e está em nome da namorada de Ademir.

Vinte e quatro dias após o desaparecimento, policiais do Grupo de Operações Táticas (GOT) da Polícia Civil, militares e o Corpo de Bombeiros encontraram uma ossada com características femininas próximo a um brejo em Areinha, município de Viana, em um local de mata que foi queimada. O delegado tinha a informação é de Ademir Lúcio que usava a área para atrair meninas e cometer a violência sexual.

Três dias após a ossada ser encontrada, Ademir Lúcio foi preso pela polícia no centro de Porto Alegre, no Rio Grande do Segundo o delegado José Lopes, o acusado é um criminoso astuto, que acompanhou todo caso pelas redes sociais no tempo em que esteve foragido. Na versão dele, Thayná se afogou na lagoa para onde ele a levou, em Areinha, Viana. Disse ainda que ofereceu R$ 50 à menina para ter relações com ela, que teria fugido do carro e por causa disso caído na lagoa.

(Texto: Úrsula Ribeiro)

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