O delegado Janderson Luber, o policial Igor de Oliveira e Ana Paula Protzner serão os primeiros a serem ouvidos pela Justiça no primeiro dia do julgamento do Caso Milena Gottardi. O juri começa nesta terça-feira (16), no fórum criminal de Vitória e a expectativa da família é que os cinco acusados, já presos, incluído o ex-marido da vítima, o policial Hilário Frasson, e seu pai, Esperidião Frasson, sejam condenados à pena máxima.
Milena Gottardi tinha 38 anos quando foi baleada na noite do dia 14 de setembro de 2017 quando saia do plantão médico. Ela entrou em coma e faleceu um dia depois.
Na avaliação do responsável pelo caso, delegado Janderson Lube, o ex-sogro passou a ver Milena como um problema financeiro, e não mais como membra da família. Uma vez que a separação fosse consumada, Hilário seria obrigado a ter responsabilidades financeiras com a médica e as duas filhas deles.
“Ele queria a volta do casamento, mas quando percebeu, dois meses antes do crime, que a doutora Milena estava decidida pela separação, Esperidião e o filho começaram a arquitetar o crime”, explicou.
Segundo o tio de Milena, Geraldo Gottardi, toda a família está apreensiva e espera pelas condenações. “Nunca tivemos dúvidas. E estamos tentando fazer com que as duas filha dela estejam bem. Elas estão sentindo. Mas temos fé em deus que dará tudo certo”.
A médica era oncologista-pediátrica, viveu onze anos de relacionamento com Hilário e fruto do casamento são as duas filhas, que estão sob a guarda do irmão de Milena. Ele, Douglas Gottardi, bem como Maria Isabel, Edineia Alvarenga, Shintia Gottardi, Marcelle Gomes estão previstos para serem ouvidos também neste primeiro dia, à tarde. A mãe de Milena, Zilca Maria Gottardi, também deve ser ouvida, mas ela é uma testemunha facultativa