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Delegado do ES que causou acidente em MG pode ter recebido ajuda do pai para fugir

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Após causar acidente, o delegado Adhemar Pereira Fully fugiu do local e conduziu até a Rodovia do Contorno, em Minas Gerais. Foto: Portal Manhumirim

O delegado Adhemar Pereira Fully, que atua no interior do Espírito Santo e se envolveu em um atropelamento com morte em Minas Gerais, no último sábado (10), supostamente teve a ajuda do pai para fugir. A afirmação é do responsável pela investigação, Carlos Roberto de Souza.

A expectativa é de que Fully preste novo depoimento nesta quinta-feira (15) a tarde.

Em entrevista a uma rádio mineira, Carlos Roberto de Souza, delegado de Manhuaçú, que conduz as investigações, disse que o homem confessou à polícia ter ajudado o filho a fugir em um carro de cor preta, mas isso ainda está sendo investigado.

A suspeita é de que uma terceira pessoa possa ter participado da fuga. Em um vídeo, que já está com a perícia, outro veículo preto aparece estacionado a cerca de 30 metros do carro do delegado, mas não pertence ao pai dele.

“Precisamos desse cuidado para descartar que aquele veículo, ali estacionando, tenha participado da fuga. Existe a especulação de que teria sido uma picape cinza, que também aparece num vídeo. E tenho cerca de 10 fotos onde aparece passando pelo local um carro Chevrolet preto. Ou seja, vários veículos passaram por ali, mas a picape seguiu. Havia muitas pessoas no local que estão sendo procuradas para serem ouvidas”.

Segundo Carlos Roberto de Souza, a fuga teria acontecido após um investigador de polícia abordar o delegado. Ao se aproximar, ele teria questionado como tudo aconteceu, mas Adhemar Fully apresentava sinais de embriaguez, tremia e não conseguia falar com clareza.

“O investigador determinou a permanência dele no local e ligou para a polícia. Ele estava armado, mas sem algemas. Quando soube que era um delegado a preocupação principal foi encontrar a arma, que estava ao lado esquerdo do veículo, porque o delegado confirmou que tinha. Nesse momento, um carro aparentemente preto teria parado e ele entrou sendo retirado do local. Ele impeliu fuga com participação de terceiro, o pai dele, que compareceu e confessou essa autoria. Essa conduta constitui favorecimento pessoal. Mas ainda vamos verificar se isso realmente procede. A conduta do investigador será apurada por sindicância administrativa”.

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Fernando José de Oliveira morreu após ser atropelado. Foto: Portal Manhumirim

Carlos Roberto Souza disse que o delegado se apresentou a polícia no domingo (11) à noite, acompanhado de advogados. Ele confirmou em depoimento que dirigia o Golf Branco, forçou a ultrapassagem e colidiu de frente com a moto pilotada por Fernando José de Oliveira, conhecido como “batata”.

“Num segundo momento foi perguntando o motivo da ultrapassagem e ele disse que fez porque acreditava ter espaço. Foi questionando porque não parou após a colisão, já que o código de trânsito diz isso. Ele alegou receio, que ficou extremamente chocado com a situação e não conseguiu parar. Foi perguntando ainda se ingeriu bebida alcoólica, ele confirmou que bebeu cerca de duas horas antes, ou mais. A partir disso é que vamos desenvolver a investigação. Temos vídeos que já foram para a perícia, onde nós vemos uma ultrapassagem irregular e o choque com a motocicleta. Só nisso já podemos afirmar que houve um homicídio culposo, porque houve violação de não realizar a ultrapassem naquele momento”.

Segundo o responsável pela investigação, foram intimadas 17 pessoas, das quais 5 eram perfis falsos de uma rede social e 3 não foram encontradas. Até o momento, 12 testemunhas foram ouvidas e outras ainda serão chamadas. Carlos Roberto de Souza explicou ainda porque o delegado não foi afastado do cargo.

“Minha esfera se encerra na investigação dos fatos. A Justiça vai entender. Foi totalmente fora do exercício da função. A Corregedoria está investigando. Temos dispositivos legais que pregam a ética profissional, que ultrapassa o exercício da função. Quem se sujeita a um cargo público sabe que a vida sofre restrições e precisa se submeter a um Código de Ética mais rígido. A decisão, que vai de uma advertência e chega a uma expulsão, é da Corregedoria da polícia. Mas eu realmente não sei o que será decidido. Se fosse no horário de trabalho seria muito considerável”.

Polícia Civil

A Polícia Civil informou por meio de nota que abriu procedimento administrativo para apurar a conduta do delegado e continua acompanhando as investigações, do acidente de trânsito, que estão sendo conduzidas pela delegacia de Manhuaçu, Minas Gerais.

 

 

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