Com risco eminente de desmoronamento, a Defesa Civil estadual oriente reforma urgente na Rodoviária de Vitória, localizada no centro da capital. Na tarde da última quinta-feira (22), o terminal foi vistoriado e laudo constatou a necessidade de uma reforma corretiva de alguns pontos da estrutura. O documento da Defesa Civil afirma que o quadro é evolutivo e com tendência a agravamento da situação.
O laudo foi solicitado pelo Ministério Público do Trabalho, e o Governo do Estado e a empresa Contermi Administradora de Terminais Rodoviários, têm até o dia seis de abril para se manifestarem sobre as irregularidades verificadas. Segundo foi constatado pelo Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (CREA-ES), na parte estrutural em contato com o mar, há total comprometimento.
Outra situação, já reconhecida pelos usuários da rodoviária, é com relação ao piso. O laudo apontou que estão com desníveis e trincas que colocam em risco à população que usa o terminal diariamente.
Segundo o tenente-coronel Wagner da Defesa Civil, as possíveis causas para as rachaduras podem estar relacionadas com a “maresia” do local. “O laudo não diz que há risco imediato de queda, mas se não for recuperado pode ser agravado e aí sim, corre risco”, afirma o Tenente Coronel.
O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Gestão e Recursos Humanos (Seger), informou que, conforme pactuado em reunião, a concessionária Contermi solicitou das empresas de engenharia especializada, a apresentação de propostas com o objetivo de recuperação dos blocos de fundação e das sapatas em concreto armado localizados na instalação do Terminal Aquaviário. De posse dos orçamentos, a Seger está analisando como proceder para a contratação dos serviços e obras necessárias.
As observações apresentadas no laudo dizem que:
– Não foi constatado qualquer indício de comprometimento estrutural na superestrutura, porém não se pode dizer o mesmo no tocante à infraestrutura, principalmente aquela que fica em contato direto com a água do mar;
– Na área de tráfego de passageiros, foram constatadas irregularidades no piso, como desníveis e trincas, tendo sido verificado que em uma área mais próxima ao mar, com pouco tráfego de passageiros, havia trechos apenas no contra piso e com desníveis;
– A estrutura metálica da cobertura passou por uma avaliação em 2014;
– As instalações hidros sanitárias e elétricas apresentarem boas condições de uso;
– Deve ser dada atenção especial às patologias verificadas na estrutura das fundações em contato com a água do mar, a saber: perda de seção dos blocos de fundação e vigas, trincas no encamisamento do tubulões, exposição de armadura, bem como colapso de armadura tanto nos blocos de fundação quanto na armadura inferior das vigas de teto das lajes em balanço;
– Conforme se visualiza no laudo fotográfico, o recobrimento da armadura já não existe nos elementos estruturais observados;
– Todos os elementos da infraestrutura apresentaram avançado processo de corrosão face ao ambiente altamente agressivo no qual se localizam;