Pedro Permuy – [email protected]
Além de ter concluído o laudo técnico sobre as possíveis causas do deslizamento da rocha no morro Boa Vista, em São Torquato, Vila Velha, a Defesa Civil estadual alega que chuvas podem trazer risco para que aconteçam novos deslizamentos. No dia 1º de janeiro uma pedra de três toneladas rolou do alto do morro, destruindo casas e colocando em risco outras.A previsão de novas catástrofes é condicional ao tempo, e ele pode não colaborar. A previsão do tempo aponta para possibilidade de chuva na Grande Vitória, até esta quinta (07). Ainda nesta semana, as pedras deslocadas devem passar por um processo de amarramento, para que sejam fixadas ao solo.
O engenheiro civil da Defesa Civil do Espírito Santo, Roney Gomes Nascimento, diz que as chuvas colaboraram para que o terreno do local, que é bastante arenoso, de acordo com o profissional, ficasse mais instável do que já é. Além disso, o laudo feito pelo órgão aponta causa natural para o deslizamento da pedra de mais de três mil toneladas, no primeiro dia de 2016.
Para ele, a partir do que foi observado, a rocha maior, de mais de dez mil toneladas, que de acordo com boatos, corria risco de correr, ainda está bem presa ao solo. Ele destaca que esse tipo de evento natural não é raro e que episódios desse tipo aconteceram recentemente em Domingos Martins, Região Serrana no Espírito Santo.
“Isso é o que os geólogos chamam de meteorização”, conta o engenheiro. Ele completa esclarecendo que esse processo caracteriza o desgaste das pedras a partir das intempéries do tempo, não havendo nenhuma relação com a ação antrópica.
O prefeito de Vila Velha, Rodney Miranda, destaca que a partir desta tarde (05) será iniciada a execução da explosão das rochas pequenas, que também se deslocaram junto à maior, e que essa derrocagem não irá afetar quaisquer estruturas. Ele garante que a pedra maior, e uma outra, de aproximadamente dez mil toneladas, que não sofreu nenhum abalo, serão amarradas e fixadas ao solo.
“Nós iremos realizar um trabalho para manter as rochas presas e iremos preencher o espaço vazio com concreto, para dar ainda mais estabilidade ao terreno e à fixação das pedras”, completa Miranda.
Abrigados na Escola Jairo Mattos:– 42 Famílias;
– 103 Pessoas;
– 07 Famílias desligadas (foram para casa de parentes e amigos)
– 18 pessoas desligadas;
Total:
– 397 Famílias;
– 1320 Pessoas;
