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CRE Metropolitano oferece meditação como prática complementar de promoção da saúde

Redação Multimídia ESHOJE

A meditação, utilizada por muitos como forma de aprofundar o conhecimento sobre si mesmo, é uma das atividades ofertadas pelo Centro de Referência em Práticas Integrativas e Complementares (CRPIC) da Secretaria de Estado da Saúde do Espírito Santo (Sesa). Por meio da meditação, trabalha-se a respiração, a concentração e o relaxamento, estimulando a mente e o corpo a entrarem em sintonia.
De acordo com Ary Gomes Silva, farmacêutico e professor adjunto do CRPIC – que funciona no Centro de Referência em Especialidades (CRE) Metropolitano, em Cariacica –, a meditação é ofertada no Sistema Único de Saúde (SUS) com o objetivo de dar aos pacientes, especialmente àqueles que possuem doenças crônicas, ferramentas para que eles consigam passar melhor pelo tratamento. Ele ressalta que a meditação não se propõe a fazer cura, mas é uma prática de construção de saúde no âmbito do bem-estar mental e espiritual.
“Vale dizer que, embora a técnica de meditação que utilizamos tenha origem em Cafh, que é um caminho de desenvolvimento espiritual, ela não tem vínculo com nenhuma religião. A pessoa trabalha sobre si mesma com o objetivo de aprender a lidar com as próprias emoções. Eu sou muito entusiasmado com essa técnica porque vejo que as pessoas se tornam mais donas de si”, comenta o professor.
Ary Gomes ressalta que, no entendimento da Organização Mundial da Saúde (OMS), a saúde humana inclui o bem-estar físico, mental, social e espiritual. E, segundo ele, a meditação pode interferir positivamente no corpo humano, influenciando, por exemplo, a pressão arterial e a quantidade de glicose no sangue, além de agir sobre o cérebro, que interage com a tireoide, com os ovários e com outras glândulas, responsáveis pela produção de hormônios.
“A meditação não é um devaneio. É adestramento e controle mental. Com a meditação, é possível reorganizar algumas funções fisiológicas. Comparando de forma simples, assemelha-se a uma auto-hipnose, que nos libera de restrições inconscientes e faz aflorar nossos potenciais”, comenta Ary Gomes, enfatizando que existem estudos científicos sérios acerca dos benefícios da meditação, mas trata-se de uma prática indicada como complemento e não como tratamento em si.
Método
Segundo Ary Gomes, a técnica utilizada no Centro de Práticas Integrativas e Complementares da Secretaria de Estado da Saúde é rápida e não exige nenhuma postura corporal exagerada. Medita-se sentado numa cadeira. Basta manter o corpo aprumado e a musculatura das costas relaxada.
“Crianças, adultos e idosos podem praticar essa meditação. Sentado numa cadeira, com a coluna ereta, deixe os músculos que estão entre as vértebras e a musculatura da lombar relaxados. Junte os pés, feche os olhos e procure o silêncio. Quando a pessoa já está bem treinada na técnica, ela consegue meditar até numa feira livre. Mas no começo é possível que ela precise de um ambiente silencioso”, detalha o professor.
De acordo com ele, a técnica plena dura em torno de 15 minutos e é feita em três passos: invocação, espera e resposta. Com crianças, recomenda-se reduzir o tempo, pelo menos inicialmente. O professor explica que, na invocação, a pessoa diz para si mesma aquilo que pretende meditar; na espera, silencia e acalma a mente; e na resposta ela diz para si mesma a inspiração que teve durante o exercício de meditação.
“O importante é o trabalho de educação da mente. Mesmo que não faça os 15 minutos, seja criança, adulto ou idoso, o importante é fazer cada passo com a mesma duração e praticar com regularidade para que a vivência meditativa vá se incorporando à rotina”, salienta.
Na avaliação do professor, as pessoas que têm maior chance de adotar a meditação como hábito são aquelas que não associam a prática de meditar a uma carência física ou emocional, pois a meditação é um processo de autoconhecimento. “É mais fácil para quem não vê a meditação como uma cura, mas a tem como uma forte aliada”, conclui.

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