por Paulo Cesar Dutra
O eleitorado capixaba está querendo extinguir de uma vez, só nesta eleição, a maioria das “raposas” da política, principalmente, aquelas de famílias grandes. Quando saíram as primeiras pesquisas, ninguém teve dúvida de que os senadores Magno Malta (PR) e Ricardo Ferraço (PSDB) já estavam reeleitos para mais 8 anos no Senado Federal. Mas na última pesquisa, as coisas mudaram e surpreenderam os maiores “bruxos” do marketing. Dois candidatos ao Senado, Fabiano Contarato (Rede) e Marcos do Val (PPS) apareceram nos retrovisores do Ricardo e do Magno ameaçando as reeleições dos dois senadores.
Ricardo está mais assustado, porque o Contarato já ligou a seta para ultrapassá-lo e se o motor tucano falhar, vai ficar para trás. Magno, cujo motor perde força, teme a aproximação do Marcos do Val que vem no vácuo do Contarato e a ultrapassagem pode ser dupla.
O que está acontecendo com Ricardo e Magno? De acordo com os especialistas os dois senadores estão com os índices de rejeição acentuados e uma tendência de queda nas intenções de votos. Estão perdem força e, no mercado político, já não são sinalizadas como garantidas as suas reeleições. Contarato e Marcos do Val apresentam crescimento, representando ameaça à posição dos dois atuais senadores. Contarato pulou de 9,4% para 26% e Do Val passou de 8,1% para 14,4%, na menção estimulada.
Já na espontânea, considerada o principal termômetro das pesquisas, os três primeiros colocados estão em empate técnico, considerando a margem de erro de 3,5 pontos percentuais. Neste caso, Contarato inclusive ultrapassa Ricardo, com 13,1% e 10,1% respectivamente, enquanto Magno marca 14,5%. As “raposas” estão sem pernas para correr…
Lula foi um atraso de 50 anos
O então presidente da Assembléia Legislativa do Espírito Santo – ALES, ex-deputado José Carlos Gratz (PFL) há 20 anos (em A Tribuna 07.06.1998), deu uma declaração a respeito da disputa eleitoral presidencial onde o candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estava subindo nas pesquisas contra FHC. Gratz disse “ …o Brasil não pode deixar de dar continuidade ao projeto constituído pelo governo federal e que a eleição de Lula atrasaria o País em mais de 50 anos.” Nem Nostradamus acertaria esta previsão. Foi na bucha!
Temor a Haddad
O temor que Fernando Haddad gera se liga ao revanchismo do PT, que, chegando ao poder, reinstalaria uma máquina burocrática locupletada de petistas. Que certamente vão querer “dar o troco” aos grupos que afastaram o partido do poder central. A questão: o PT continua se considerando o abrigo de vestais, gente pura, pessoas assépticas. O inferno, pensa, são os outros. Consideram-se os mocinhos, e os outros, os bandidos. São mestres na arte de mistificação e da simulação.
Chegando ao poder, fincariam militantes e quadros de todos os espectros nas profundezas da administração, adotando a estratégia de tapar todos os buracos para coibir o ingresso de adversários. A partidarização da estrutura estatal é apenas um lado da moeda. O pacote de políticas públicas será embrulhado no celofane vermelho do partido. O desfazimento de projetos levados a cabo pelo governo anterior poderia, ainda, entornar o caldo e gerar tensões com o Poder Legislativo. Exemplo: a volta da velha CLT com revogação da Reforma Trabalhista.
Reta final
A 11 dias da eleição, os dois candidatos Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) que estão na frente tentam consolidar seus índices, enquanto o núcleo que registra índices abaixo de 15% luta para aumentar os números de seus protagonistas. Bolsonaro, que agrega entre 30% a 35%, e Haddad, entre 23% a 26% (pesquisas diferentes), se esforçam para ganhar o passaporte do 2º turno. Ciro e Alckmin lutam para dar um salto triplo nessa reta final, mas se deparam com grandes dificuldades. Não conseguem atrair o “voto útil”, que parece entrar na bacia dos dois primeiros, cada qual querendo se apresentar como a melhor opção para o Brasil.
Entrada no segundo turno
Desde a redemocratização, apenas duas vezes os líderes nas pesquisas de intenções de voto na reta final das campanhas não foram para o segundo turno – faltando duas semanas para a votação, os primeiros colocados das eleições de 1989 e de 2014 perderam fôlego e não terminaram o 1º turno, entre os dois primeiros colocados. Em 1989, Leonel Brizola, do PDT, esteve em segundo durante a maior parte da campanha, mas perdeu posição a menos de 15 dias da disputa para Luiz Inácio (PT), que viria a ser derrotado por Fernando Collor (PRN). Já em 2014, a candidata Marina Silva, na época disputando pelo PSB, perdeu fôlego na reta final da campanha, sendo superada por Aécio Neves (PSDB), que foi ao 2º turno e perdeu para Dilma Rousseff (PT).
Em SP, maior colégio
No maior colégio eleitoral do país, SP, com 33 milhões de eleitores, a situação hoje é esta de acordo com o Instituto Paraná Pesquisas: Fernando Haddad tem 14,7%, contra 14,4% de Geraldo Alckmin. Na liderança permanece Bolsonaro com 30,4% das preferências. No grupo abaixo, estão Ciro Gomes (7,9%), Marina Silva 5%.
Prótese dá condenação
Uma clínica dentária foi condenada a indenizar uma mulher após realizar procedimento dentário que causou transtornos à paciente. A requerente narra que adquiriu os serviços oferecidos pela ré, porém teve prejuízos com a prótese realizada, sendo impedida de mastigar alimentos devido ao forte incômodo na boca. A parte requerida não contestou as afirmações defendidas pela autora e o magistrado entendeu que os fatos declarados são verdadeiros.
O juiz do 1° Juizado Especial Cível de Linhares utilizou o Código de Defesa do Consumidor como base de examinação dos autos. Segundo o mediador, a clínica falhou na prestação de serviço, vindo a causar danos físicos e morais à paciente. O magistrado entendeu que a requerente deve devolver a prótese dentária, sendo ressarcida no valor desembolsado no produto e indenizada moralmente devido aos problemas enfrentados após a realização do procedimento, visto que a autora passou por “dissabores que ultrapassam o mero aborrecimento cotidiano”, afirmou o juiz.
A paciente deve ser indenizada a título de danos materiais em R$350, pelo valor desembolsado na aquisição do produto, e danos morais em R$1000. Processo nº: 0017223-52.2015.8.08.0030.
ICMS menor na conta de luz
Os deputados estaduais aprovaram a redução da alíquota do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) incidente sobre a conta residencial de energia elétrica. Em sessão ordinária realizada na manhã de ontem, terça-feira (25), os parlamentares deram seu aval ao Projeto de Lei (PL) 100/2018, que diminui a alíquota do imposto de 25% para 17%. Com a aprovação, a matéria será encaminhada ao Executivo para sanção ou veto do governador Paulo Hartung (MDB).
De iniciativa do deputado Bruno Lamas (PSB), a matéria altera a redação do artigo 5º da Lei Estadual 7.000/01, que trata do ICMS. Em reunião conjunta das comissões de Justiça e Finanças realizada durante a sessão desta terça-feira, o deputado Marcelo Santos (MDB) emitiu parecer favorável e o relatório foi acompanhado à unanimidade pelo Plenário.
Em mensagem anexa à matéria, Lamas explica que, pelo fato de a Assembleia Legislativa não possuir competência para alterar a tarifa de energia, restou como alternativa propor a redução do tributo que incide sobre esse serviço. “É uma forma de diminuirmos o impacto no orçamento doméstico das famílias causado pelos constantes aumentos nas contas de luz”, defendeu o autor.
Esportes de aventura
Outra proposta de autoria parlamentar aprovada na manhã desta terça-feira na Assembléia Legislativa foi o PL 183/2018, que declara o município de Castelo, no sul do Estado, como a capital estadual dos esportes de aventura. A matéria foi apresentada na Casa pelo deputado Marcelo Santos (MDB) e segue, agora, para o posicionamento governamental.
Ex-vereador lalau
O ex-vereador e ex-presidente da câmara do município de Nova Venécia Flaminio Grillo, de 49 anos, foi preso preventivamente pelo crime de peculato ontem, terça-feira (25). De acordo com a Polícia Civil do Estado (PCES), Grillo teria se apropriado indevidamente de R$ 1,5 mil dos cofres da câmara do município, sob a justificativa de adiantamento para pagamento de despesas com combustíveis e outras despesas de pronto pagamento. De acordo com a polícia, o ex-vereador não opôs resistência e mostrou-se colaborativo. A prisão ocorreu quando Flaminio saía de carro da sua propriedade rural.
TSE não barra propaganda de Alckmin
O Tribunal Superior Eleitoral – TSE nega pedido de coligação de Haddad para barrar propaganda de Alckmin. A peça publicitária do PSDB faz referência ao candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad, como “Haddad, do PT do petrolão, do PT de tanta gente presa. Eleger o PT é voltar para a escuridão”.
