Após a Receita Federal ter liberado a consulta ao lote residual de restituições do Imposto de Renda, surge a dúvida entre os capixabas de como aproveitar o dinheiro da forma adequada. Ao todo, mais de 125 mil contribuintes receberão o crédito em suas contas no Brasil, portanto, é necessário estar atento ao uso do montante.
Trata-se do lote multiexercício de restituição do IR referente aos anos 2008 a 2017, aplicado aos contribuintes que caíram na malha fina e acertaram seus débitos posteriormente. Segundo Haroldo Santos Filho, contador e vice-presidente de novos projetos do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças do ES (Ibef-ES), é a hora certa de quitar todas as dívidas e evitar gastos imediatos. “O melhor a fazer é partir para uma aplicação conservadora, como caderneta ou renda fixa. O próximo dia 15 pode ser vantajoso para os capixabas, é só saber usar”, acrescenta.
A reserva de emergência é uma das melhores alternativas, tendo em vista a queda na taxa Selic, atualmente em 6,5%, que torna a poupança atrativa. “Outra alternativa é o início de um plano de aposentadoria. O quanto poupar e por quanto tempo dependerá do orçamento e estilo de vida de cada um. Pode ser feito um fundo de reserva capaz de gerar renda, aumentando o montante durante um período”, ressalta Filho.
Como saber se recebeu a restituição
Para saber se teve a declaração liberada, o contribuinte deve acessar o site da Receita ou ligar para o Receitafone, no número 146. É possível verificar o extrato da declaração para saber se há inconsistências de dados identificadas pelo fisco. No Espírito Santo, o número de declarações aumentou cerca de 4% este ano em relação ao mesmo período de 2017, segundo dados da Receita Federal no Estado. Os dados finalizados indicam que foram enviadas 542.414 documentos ante uma expectativa de 500 mil declarações.
Aos contribuintes que declararam o Imposto de Renda no último dia 30 de abril, o profissional indica acompanhar a situação pelo e-Cac, portal da Receita Federal, com frequência. “Deve ser criado o código de acesso, caso contrário, o risco de pagar uma multa alta é grande”, comenta.
Muitos caem na malha fina ou na suspensão do CPF por confundir rendimento isento com a opção de não declarar o IR. “Quando identificamos uma malha, consultamos toda a sua situação anterior e qual a pendência. Geralmente, há erros em informes de rendimentos e despesas médicas, por exemplo”, conclui o contador.
