Para a grande maioria das mães, o processo de amamentação é essencial para o desenvolvimento saudável do bebe. Entretando, poucas sabem dessa importância quando o neném nasce prematuro. Na maioria das vezes, a tristeza de não poder levar o filho para casa desanima as mães, mas a história do Benjamin é uma prova de que a amamentação é essencial também nesse período.
O pequeno nasceu em 15 de maio, com apenas 24 semanas de gestação, uma idade que na maioria dos casos, causa o óbito da criança logo nos primeiros dias de vida. Ele ficou 105 dias internado na UTI Neonatal (Utin), mas hoje, graças ao aleitamento materno, cresce saudável e sem sequelas.
A mãe de Benjamin, Danuza Simão, disse que hoje o processo de amamentação representa para ela zelo, amor e prazer, ao saber que o leite materno é o suficiente para que o filho cresça saudável. “O Benjamin é um milagre, é um bebê fora do protocolo e cresceu. Nasceu com 865 gramas e 34,5 cm, chegou a pesar 675 gramas e foi lutando bravamente pela vida. Deus foi sustentando Benjamin em cada detalhe”.
A enfermeira neonatologista Jaqueline Rosa acompanhou Benjamin na Utin. Ela explicou que para adaptação dele ao leite, foi feito todo um processo de preparação intestinal e depois inseriu-se o leite por sonda até que o bebê alcançasse o peso ideal para ser devidamente amamentado. “A questão do prematuro é que muitas vezes, pela própria patologia, ele não pode ser amamentado naquele momento, então a equipe tem um papel fundamental par manter a produção desse leite”.
Foto: Unimed
O caso de Benjamin foi um dos exemplos apresentados na ação da Unimed Vitória, para comemorar 26ª edição da Semana Mundial de Aleitamento Materno, que esclareceu duvidas e deu dicas para as mulheres sobre a importância do aleitamento materno exclusivo até os seis meses e complementado aos outros alimentos até a idade de 2,5 anos.
A pediatra Neonatologista Rosa Maria Negri recorda que as campanhas tanto da Semana Mundial de Aleitamento Materno quanto do agosto dourado são essenciais para diminuir os índices de desmame precoce, pois apenas 40% das mães costumam amamentar até os seis meses. A qualidade de vida e a saúde que o adulto vai ter a longo prazo, depende da experiência da amamentação nos primeiros dois anos de vida.
A pediatra alerta também que o tipo de gordura contida no leite materno auxilia no desenvolvimento do cérebro. “Já tem vários trabalhos mostrando que se as crianças mamam por um tempo prolongado, tem um Q.I. aumentado, tem um melhor desenvolvimento, são crianças com vínculo afetivo melhor com a mãe e consequentemente com as outras pessoas”.
