No primeiro dia após o fim da greve de caminhoneiros que atingiu todo país, alguns postos de gasolina da Grande Vitória ainda estão com dificuldades no abastecimento. O ESHoje fez a ronda em seis postos da região metropolitana pra saber como anda a situação. Em geral, o que mais falta é o Etanol (álcool), mas em alguns postos também não há abastecimento do diesel. Já a gasolina comum esta disponível em todos os estabelecimentos, apenas em um faltava à gasolina aditivada.
Os motoristas da Grande Vitória que precisarem abastecer os carros com álcool vão ter que rodar um pouco mais, como fez o segurança Samuel Alves Soares que tem o carro flex, mas prefere abastecer com o etanol. “Eu não tive nenhum problema pra abastecer meu carro, mas o preço está variando de 10 a 15 centavos de um posto para o outro”, relata o segurança.
A prevenção também foi uma boa atitude de alguns motoristas, o médico Henrique Zacarias Borges Filho, abasteceu o veículo um dia antes de começar a escassez de combustível nos postos de gasolina por isso não teve problemas durante a greve. Diferente do universitário Jean Marcos que precisou ficar sem carro durante toda greve e agora precisou correr par o posto.
“Eu tive que deixar o carro em casa, e arrumar outra forma de me locomover. Afinal, se tivesse algum imprevisto, eu ia precisar do carro. Agora que está mais tranquilo eu posso voltar a sair com o carro”, conta Jean Marcos.
Os postos
Em Jardim Camburi falta Etanol e o preço da gasolina abaixou R$0,10, já os outros combustíveis permanecem o mesmo preço.
Em Jardim Limoeiro na Serra também falta Etanol desde o início da Greve dos caminhoneiros até esta sexta-feira (01), o preço da Gasolina aumentou quase R$0,20.
Na Avenida Leitão da Silva, o posto está bem abastecido com todos os combustíveis. Depois de dias de longas filas, o movimento começa a voltar a sua normalidade.
No posto da Avenida Vitória não tem Diesel a mais de uma semana, já a gasolina que faltou durante quatro dias já voltou a seu abastecimento normal, mas não é possível saber como vai ficar a situação para os próximos dias.
Em Maruípe a situação segue normalmente como antes da paralisação, tanto com relação aos preços, como ao movimento.
Na Avenida Marechal Campos falta gasolina aditivada, e o preço da comum aumentou apenas quatro centavos. Durante a greve o posto teve longas filas e precisou fechar, pois zerou o estoque de todos os combustíveis, já agora o movimento já voltou ao normal.
Preços
Segundo a diretora-presidente do Procon-ES, Denize Izaita Pinto, com a greve dos caminhoneiros houve a especulação por alguns comerciantes que elevaram sem justa causa os preços dos seus produtos. Por isso o órgão ampliou suas ações colocando na rua mais equipes e cobrindo novos municípios.
Motivados pelas diversasa denúncias de consumidores, durante a greve, os órgãos de fiscalização visitaram mais de 100 postos de combustíveis, incluindo a realização de testes da qualidade do combustível, 14 revendas de gás e 35 supermercados de Norte a Sul do Estado, com o objetivo de verificar possíveis inconformidades.
As ações iniciaram no dia 24 de maio e, no mesmo dia, já foi possível verificar o aumento elevado dos preços em vários postos do Estado e alguns fechados por desabastecimento. Durante algumas visitas, muitos optaram por baixar na hora o preço do combustível.
A gasolina mais cara foi encontrada em Guarapari a R$9,80. Com a chegada da equipe de fiscalização do Procon do município, o posto optou por baixar na hora para R$4,675. Um posto localizado no Contorno, em Cariacica, estava comercializando o combustível a R$ 5,99. Após a chegada dos fiscais, o posto baixou para R$ 3,99.