O governador Paulo Hartung criticou o modelo do Governo Federal que pretende incluir os aeroportos de Vitória, no Estado, e Macaé, no Rio de Janeiro, em um bloco único de concessão à iniciativa privada. Paulo Hartung se posicionou durante reunião com o Superintendente do Aeroporto de Vitória – Eurico de Aguiar Salles, Kleyton Peixoto Mendes. O encontro foi realizado no gabinete do governador, no Palácio Anchieta, em Vitória.
De acordo com Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil, o valor de outorga é de R$ 712 milhões e vai garantir a empresa vencedora do leilão, previsto para sair ainda neste ano, 30 anos de exploração. Pela primeira vez, os ativos serão concedidos em blocos, separados pelo critério regional.
Há o bloco do Nordeste, formado pelos aeroportos de Recife (PE), Maceió (AL), Aracaju (SE), João Pessoa (PB), Campina Grande (PB) e Juazeiro do Norte (CE). O bloco do Sudeste inclui os aeroportos de Vitória (ES) e Macaé (RJ). Os outros cinco aeroportos, todos em Mato Grosso (Cuiabá, Sinop, Barra do Garças, Rondonópolis e Alta Floresta), formam o bloco do Centro-Oeste.
Paulo Hartung acredita que o modelo não é o mais benéfico ao Estado e pode gerar prejuízos. “O aeroporto de Macaé é bastante deficitário, vai acabar sendo subsidiado pelo Aeroporto de Vitória e isso pode trazer prejuízo aos capixabas”, avaliou o governador.
O formato de concessão em blocos e os problemas vistos em licitações aeroportuárias anteriores exigiram novidades para o próximo leilão. Na 5ª rodada, um mesmo proponente poderá vencer o leilão para qualquer um dos blocos de aeroportos que disputar. A proposta submetida à consulta pública também não limita a participação de concessionárias dos aeroportos já concedidos. Na rodada anterior, havia uma restrição ao controle de mais de um aeroporto da mesma região geográfica por um único proponente.