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sexta-feira, 29 de março de 2024

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Comprar um quilo de feijão ficou mais de 300% mais caro no Espírito Santo

Sacolas plásticas sendo usadas em caixa de supermercado de Vitória

O poder de compra da população brasileira está caindo dia a após dia. Estudo mostrou que os capixabas sofrem bastante com isso, tanto que em dez anos produtos da cesta básica chegaram a ficar 300% mais caros. Realizado desde fevereiro de 2007, a pesquisa Vigilantes do Preço, do curso de administração de uma faculdade de Vitória, encontrou, por exemplo, o feijão preto tipo I 302% mais caro no mesmo mês deste ano.

O alimento foi a maior alta registrada e é seguido por limão branco (339%), banana prata (260%), laranja pera (221%), leite integral em pó (233%), carne de boi (210%), manteiga tipo extra com sal (173%), batata inglesa (180%), pão francês (171%) e açúcar refinado (131%).

Na primeira pesquisa o custo apurado para a cesta de alimentos foi de R$ 689,91 e agora, em janeiro de 2017, o custo subiu para R$ 1.633,52. No mesmo período, o índice que mede a inflação no Brasil, o Índices de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) monitorado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foi de 81,72%, percentual este repassado para a maioria dos salários dos trabalhadores da classe média (ganhos entre 3 e 10 salários mínimos).

A partir do ano de 2009 os aumentos de preços dos alimentos da cesta básica da classe média foram bem superiores aos reajuste salariais atrelados ao IPCA do IBGE. A partir do ano de 2014, a perda do poder compra dos assalariados da classe média se ampliou expressivamente.

A perda nominal dos salários reajustados pelo IPCA em relação aos aumentos percentuais dos preços dos alimentos, a partir de 2015, gira em torno de 50% a 55%. No entanto, em termos reais, os salários da classe média precisariam ser reajustados em torno de 30% para recomposição do poder de compra frente aos aumentos dos preços dos alimentos nos últimos dez anos.

Alta nos custos de produção (transporte, energia elétrica, combustível, mão de obra, impostos, taxa de câmbio oscilante e custos de insumos), instabilidade climática e incertezas na economia do país foram alguns dos motivos desse indicador de alta dos preços nos alimentos na última década.

A elevada perda do poder de compra do trabalhador de classe média é exemplificada da seguinte maneira: se em fevereiro de 2007 uma pessoa ganhasse R$ 1 mil, conseguiria comprar 50 quilos de alcatra de boi, 100 quilos de feijão, 100 quilos de arroz, 70 quilos de batata inglesa e 65 quilos de banana prata. Em fevereiro de 2017, com o mesmo salário daria para comprar apenas 30 quilos de alcatra de boi, 50 quilos de feijão, 50 quilos de arroz, 40 quilos de batata inglesa e 44 quilos de banana prata.

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