Os setores de comércio e de serviços encerraram o mês de julho com mais demissões que admissões. O saldo líquido entre admitidos e desligados foi de 831 no setor de Serviços e 922 no Comércio, fechando juntos 1.753 postos de trabalho formais no Estado segundo informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho (MTE).
No total do ES, foram fechados 4.373 postos de trabalho formais, resultado 32% menor que em junho, quando registrou saldo negativo de 6.428. O resultado de julho foi influenciado, especialmente, pelo setor da Agropecuária que registrou saldo negativo de 1.206 postos de trabalho no mês.
Na avaliação da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Espírito Santo (Fecomércio-ES), a expectativa é que as demissões reduzam nos próximos meses. No acumulado do ano, o número de demissões superou o número de admissões no Estado, acumulando uma perda de 19.875 postos de trabalho formais. Desses, os setores de comércio e serviços foram os que mais sofreram baixas no acumulado (8.355 e 7.648, respectivamente).
Com o período de festas de fim de ano chegando, o comerciante capixaba está mais confiante em suas vendas, como destaca o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios de Vitória, José Elvécio Faé. “Além da expectativa do fim do ano, a definição do cenário político do país também influencia neste cenário. Logo, a troca de governo deverá proporcionar um avanço da confiança do empresário e nos investimentos”, completa.
Municípios
Dentre os 78 municípios do Estado, 49 registraram fechamento de empregos. Os que mais se destacaram foram: Pinheiros (-948), Vila Velha (-647) e Linhares (-555). Já os municípios que se destacaram na criação de postos de trabalho foram Ibiraçu (+280), Aracruz (+265) e Brejetuba (+106).
Dos 27 estados brasileiros, apenas 5 apresentaram saldo positivo. O Espírito Santo se encontra entre os demais, que registraram saldos negativos, com a nona posição nesse ranking.
Em Aracruz, os comerciantes acreditam na retomada da economia e buscam estimular as vendas, como revela o presidente do Sindicato dos Lojistas do Comércio de Aracruz, Alcemir José de Bruym. “Os comerciantes estão procurando uma forma de melhorar a situação, para tentar segurar ao máximo os funcionários e evitar demissões”, diz.
