A sexta-feira (28) começou com várias manifestações na Grande Vitória. Moradores que precisavam sair de casa encontraram dificuldades de chegar ao destino, ou até mesmo, desistiram. Desde as 4 horas os manifestantes fecharam rodovias, avenidas, terminais e estradas estaduais contra a reforma da Previdência e Trabalhista propostas pelo governo de Michel Temer (PMDB).
“Saí de Cariacica com minha mãe para viajar para Colatina, mas antes ia passar em Vitória para encontrar com meu namorado. Fui pela Segunda Ponte, mas os manifestantes bloquearam próximo a rodoviária. Fiquei parada no finalzinho da ponte, sentido Vitória, quando um policial orientou as pessoas retornarem com cuidado pela contramão e voltar para Cariacica, ou pegar Serafim Derenzi. Retornei pela Serafim Derenzi e cheguei em Maruípe. Agora estamos aguardando para saber se vamos continuar ou voltar para casa”, relatou a servidora pública Luzimelia Carvalho.
Assim como ela, muitos outros moradores também passaram por essa situação. Outros preferiram nem sair de casa, como conta a diarista Regina Rodrigues Ferreira. “Eu dependo do transporte público para ir trabalhar. Eles também estão aderindo a greve, então impossível sair”, conta.
Antonio Silva Neto conta que tem um compromisso em Laranjeiras, na Serra, mas desistiu de ir por causa das vias interditadas. “Minha rua só passa carros. Nenhum ônibus até agora. Minha mãe está preocupada e com medo de sair de casa, então preferir não ir”, aponta.
Algumas pessoas que moram próximo ao local de serviço ainda foram trabalhar, mas contam que poucos funcionários conseguiram chegar. A assistente administrativo Cyntia Guasti, diz que não teve dificuldades para ir ao trabalho por morar próximo, mas poucas pessoas estavam lá. Esse também foi o caso da Maria Aparecida Soares, ela trabalha perto do local de trabalho e decidiu ir, mas médicos e vacinadores não foram, por não conseguirem passar. “Eu não dependo de ônibus, por isso vim. Só veio pessoas que moram perto. Vieram poucos pacientes também”, explica.