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Com alívio no câmbio, juros fecham última sessão do ano nas mínimas históricas

Os juros futuros estiveram em queda durante toda a sessão desta sexta-feira, 28, para encerrar 2018 nas mínimas históricas nos principais vencimentos, considerando as taxas de fechamento da sessão regular, que concentra praticamente todo o volume de negócios do dia. Apesar da agenda doméstica recheada nesta sexta-feira, nenhum dos indicadores chegou a fazer preço sobre as taxas, que tiveram o câmbio como principal referência.

A liquidez continuou fraca, mas ligeiramente melhor do que nas últimas sessões. O pano de fundo para o otimismo do mercado continua sendo a expectativa de um governo reformista na gestão Bolsonaro, que promova o ajuste fiscal, impulsione a economia e a geração de empregos.

No fim da sessão regular, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2020 fechou em 6,55%, de 6,571% no ajuste anterior, e a do DI para janeiro de 2021 caiu de 7,392% para 7,36%. A taxa do DI para janeiro de 2023 encerrou em 8,53%, de 8,572% no ajuste anterior, e a do DI para janeiro de 2025 recuou de 9,132% para 9,10%. Estas taxas representam os patamares mais baixos desde que cada um destes contratos começou a ser negociado na B3. No fechamento das 18 horas, estas taxas estavam em 6,56%; 7,37%; 8,53%; e 9,09%, respectivamente.

“Na ausência de notícias mais concretas, os juros oscilaram junto com o dólar”, afirmou o economista-chefe da Infinity Asset, Jason Vieira. A moeda fechou em baixa de 0,36%, aos R$ 3,8755, no segmento à vista, acumulando alta de 16,89% em 2018.

Vieira observa que a ponta curta está no que classificou de “ramerrame”, ou seja variando pouco, quase sem prêmio em função da perspectiva de Selic estável por muitos meses, quiçá todo o ano de 2019. Isso, por sua vez, é atribuído à falta de perspectiva de mudança na taxa básica por parte do Banco Central. “Assim, o jogo fica mais para os DIs longos, que denotam maior otimismo, sendo o grande sinalizador da perspectiva positiva com o novo governo”, disse.

Enquanto aguardam a posse de Jair Bolsonaro no dia 1º, os investidores viram com bons olhos as declarações dos membros da equipe de transição sobre a reforma da Previdência, que é a maior expectativa do mercado. Na quinta, o vice-presidente eleito, general Hamilton Mourão, afirmou ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) que a reforma da Previdência será a “prioridade número um” do futuro governo e deve ser encaminhada no primeiro semestre ao Congresso. Mourão disse que a ideia é aproveitar parte do texto do presidente Michel Temer que está em tramitação no Congresso para acelerar a votação das medidas.

De acordo com fontes, a equipe econômica do futuro ministro Paulo Guedes poderá usar a atual proposta para introduzir praticamente todas as mudanças planejadas pela transição, inclusive o regime de capitalização, o que deve economizar um tempo precioso na tramitação. “A equipe técnica achou brechas para não ter de fazer uma nova PEC, o que é uma boa notícia boa, agora depende do manejo com o Congresso”, disse o economista Breno Martins, da Mongeral Aegon Investimentos.

Denise Abarca
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