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Casos de queimaduras aumentam em época de festa junina

As festas juninas marcam o mês de junho com comida típica, danças e muita diversão. Mas a tradição mantém costumes perigosos, que fazem aumentar o número de queimaduras nessa época do ano, geralmente causadas por fogos de artifício e fogueiras. De acordo com dados do Ministério da Saúde, cerca de um milhão de pessoas sofrem queimaduras no Brasil todos os anos.

A queimadura é caracterizada por uma lesão, gerada por algum agente térmico, químico, físico ou radioativo e pode ser classificada como de 1º, 2º ou 3º grau, de acordo com a extensão e profundidade da ferida. Ainda conforme o detalhamento do Ministério da Saúde, 80% dos casos acontecem dentro de casa, sendo que aproximadamente 30% ocorrem com menores de 12 anos, principalmente na faixa de 1 a 5 anos. Nos casos mais graves, as vítimas podem ter que passar por uma cirurgia reparatória.

O cirurgião plástico Ariosto Santos, presidente da Sociedade de Queimaduras do Espírito Santo, alerta que é o momento de redobrar os cuidados, pois há um aumento considerável no número de casos no mês junho, por conta das festas juninas. “São muito comuns nessa época do ano queimaduras causadas por fogos de artifício. Mas o cuidado em casa também deve ser reforçado, pois a maioria dos acidentes ainda acontece em ambiente doméstico”, afirma.

Além da prevenção, tratar das feridas também requer cuidado. “Há muitos mitos sobre produtos que curam as queimaduras ou aliviam a dor, como gelo, clara de ovo, creme dental, pó de café, manteiga, vinagre, entre outros, que na verdade são totalmente contraindicados. O ideal é lavar com água fria corrente e abundante, cobrir com pano úmido e procurar um médico”, indica Ariosto Santos.

Novo método de tratamento

Pesquisadores do Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento de Medicamentos (NPDM) da Universidade Federal do Ceará (UFC) desenvolveram um método de tratamento de queimaduras com pele de peixe. O curativo biológico com pele de tilápia já foi utilizado em mais de 50 pacientes com lesões de 2º grau profundas e 3º grau no hospital Instituto Doutor José Frota (IJF), em Fortaleza. O curativo com base em animais aquáticos é inédito no mundo.

 O novo método vem apresentando resultados satisfatórios. Ele é utilizado com o objetivo de fechar a ferida, evitando a contaminação, desidratação e trocas diárias de curativos, minimizando o desconforto e dor dos pacientes. “Curativos biológicos já são utilizados para esse tipo de tratamento, mas é com animais aquáticos é a primeira vez. Já foi notada uma grande semelhança da pele de tilápia com a humana, o que deve contribuir para a difusão do método”, explica o cirurgião plástico Ariosto Santos.

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