Com o aumento das chuvas no Espírito Santo, é importante prestar atenção no aumento dos casos de leptospirose. Segundo a Secretaria de Estado de Saúde (Sesa), já são 70 casos da doença só em 2019. O número é quase superior ao total de casos confirmados em 2018.
De acordo com a Sesa, os números tendem a aumentar, visto que os dados das chuvas ainda não foram calculados.
A contaminação, segunda a médica infectologista Rubia Miossi, acontece quando a bactéria presente na urina dos ratos, se mistura à água das chuvas e entre em contato direto com a pele. “Além disso, o indivíduo pode consumir alimentos ou beber água contaminada também”, disse.
O indicado, segundo a médica, é higienizar bem a área que entrou em contato com os alagamentos, ou contaminações, com água potável e sabão.
Os primeiros sintomas podem vir, justamente, pelas pernas, que geralmente são as primeiras áreas de contato. “Os sintomas são febre, dor no corpo e nas articulações, principalmente nas pernas, onde usualmente as bactérias podem entrar. Náuseas e vômitos também podem aparecer, além de dores de cabeça e diarreia. A pele e os olhos podem ficar amarelados”, explicou.
Quem perceber a aparição de algum desses sintomas deve, imediatamente, ir ao médico. “É importante que se detecte a doença rápido, já que ela evolui depressa, também. O estágio mais complicado é quando as dores de cabeça ficam tão fortes que podem causar meningite, e as tosses podem ter secreções rosadas, que indicam sangramento no pulmão”, acrescentou.