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Caso Thayná: Um ano de recordações para Clemilda

thayná -2Um ano após a morte de Thayná Andressa de Jesus Prado, a mãe Clemilda Aparecida de Jesus ainda não superou o ocorrido e a vida segue desajustada. A menina, de apenas 12 anos, desapareceu na manhã do dia 17 de outubro de 2017, quando seguia a um supermercado no bairro Universal, em Viana, onde morava com a mãe. Imagens de videomonitoramento a flagraram entrando no carro de Ademir Lúcio Ferreira, 52.

Clemilda afirma que ainda não retornou a casa onde as duas moravam juntas porque não tem forças para reviver o cotidiano que tinha com a filha. Atualmente, ela vive de favor em uma casa que a mãe alugava e ainda não conseguiu voltar a trabalhar. A vida parou, como se o desaparecimento da menina ainda fosse recente.

A dor da mãe é tão grande, que ela afirma não pretender nem mesmo fazer uma cerimônia em homenagem à filha. Clemilda morava com Thayná em uma casa que fica de frente ao local onde a menina ensaiava para o coral da igreja e diariamente, de sua própria residência, costumava ouvir a voz da filha cantando.

“Parece que eu ainda não acordei do pesadelo. Não tem como voltar para a minha casa, são muitas lembranças que tem lá”, relata Clemilda que ainda conta que a menina faz muita falta. Como as duas eram muito unidas, a maioria das atividades eram feitas juntas, e as vezes até cozinhando ela lembra da filha, que sempre lhe fez companhia.

“Parece que eu ainda não acordei do pesadelo. Não tem como voltar para a minha casa, são muitas lembranças que tem lá.”

Sensibilidade popular

Mesmo com o passar do tempo, até hoje Clemilda recebe mensagens de apoio de diversas pessoas, o que fortalece mais ainda o sentimento de atualidade do fato. Ela diz que muitas pessoas se comoveram, e por isso frequentemente alguns populares a encontram na rua e querem dar um abraço de apoio, principalmente quem não conseguiu fazer isso antes.

Clemilda recorda que, após o caso, começou a perceber o grande número de crimes envolvendo crianças, e como isso é comum e comove tanto. Notou também que as pessoas se sensibilizam com as famílias e passam a tentar auxiliar, principalmente nas redes sociais.

Logo após a morte de Thayná ocorreu também à morte dos irmãos de Kauã e Joaquim em Linhares que sensibilizou muitas pessoas, assim como Clemilda, que acabou conhecendo a família e se unindo na busca por justiça.

“Todas as mensagens de recordação e apoio ao caso dela têm muitas curtidas e muito compartilhamento. As pessoas também cobram resultados e ficam na esperança do julgamento e da sentença do Ademir”.

O crime

Clemilda e ThaynáClemilda recorda que Thayná apesar de ser bem nova, era uma menina muito inteligente e não costumava entrar em carros de estranhos, nem mesmo de conhecidos. A mãe relata que ela não costumava aceitar carona nem mesmo das mães das colegas da própria rua. Sobre o ocorrido do sequestro, ela acredita que Ademir Lúcio possa ter apontado uma arma para a menina afim de convence-la a entrar no carro.

A respeito do acusado, Clemilda reafirma nunca te-lo conhecido, e nem mesmo visto na região, visto que ele não é de lá. Muitas pessoas, segundo ela, na verdade confundem quando se trata dessa possibilidade. Isso acontece pois semanas antes, ele havia sido autor de um crime de abuso sexual, do qual ele realmente tinha contato com a família, o que gerou um senso comum entre as pessoas sobre a forma de agir do acusado.

1 ano de adeus

A mãe da jovem de 12 anos, afirma todos os dias sofrer com a ausência da filha e relata que o mês de outubro está sendo o mais difícil. Além das recordações constantes da filha, Clemilda é abordada por muitas pessoas que lembram do caso, além de constantemente rever as lembranças de uma rede social.

As fotos da menina, que aparecem constantemente nas redes, passa a ser mais uma forma de sofrer a ausência da filha.

“Vejo a foto do dia das crianças. Ela ganhou uma bicicleta que chegou até a andar, e esse ano não vou ter ela ao meu lado para comemorar”.

Thayná

Relembre o caso

MODELO-LINHADOTEMPO-THAYNA-2

A justiça

O desenrolar do processo judicial, da conta de que Ademir Lúcio deve passar por Juri Popular no início de 2019, mas ainda não há data definida. Sobre os autos do processo, o Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES) informou tramita em segredo de justiça por se tratar de um caso que envolve um menor de idade.

Registros semelhantes

Segundo dados da Polícia Civil,desde outubro de 2017, foram registrados o desaparecimento de seis crianças da faixa etária de 0 a 11 anos, em contrapartida todas foram encontradas, diferentes de Thayná.

Além de 153 crianças da faixa etária de 12 a 17 anos, sendo que dessas, 128 crianças foram encontradas. Cerca de 84% das crianças foram encontradas.

Os dados são referentes a crianças do sexo feminino, no período de Outubro de 2017 até Agosto deste ano colhidos através de estatística feita de acordo com a solicitação do IBGE, dividindo as faixas etárias entre 0 e 11 anos (criança) e 12 a 17 anos (adolescente).

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