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Caso Milena Gottardi: padre e outras duas testemunhas não serão ouvidas

Foto: Reprodução FB
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Três das 12 testemunhas de defesa dos réus do caso Milena Gottardi, que deveriam depor nesta terça-feira (30), não foram ouvidas pela Justiça. Duas estavam arroladas em favor do ex-policial civil Hilário Frasson (marido da vítima). A terceira era de Esperidião Frasson, pai de Hilário e acusado de ser um dos mandantes do crime junto com ele. As audiências começaram às 9h30 e terminaram por voltas das 11h30, no Fórum Criminal de Vitória, na Cidade Alta.

A defesa de Hilário arrolou Pedro Luchi, padre que celebrou o casamento dele com a Médica, mas não compareceu por motivos de viajem. A outra testemunha foi identificada como Leonardo Cláudio, que também falaria em favor do ex-policial civil, mas foi dispensado pela defesa (não foi especificado o vínculo dos dois).

Em favor de Esperidião Frasson falaria um empresário de locadora de veículos, identificado como Gustavo Pimentel Simões. Ele também estaria viajando e por isso não compareceu. A relação dele com o acusado não foi informada.

Leonardo afirmou também que por falta de provas, não foram arroladas testemunhas em favor de Bruno Broetto, apontado como quem roubou a moto usada pelo autor dos disparos no dia do crime. “No processo penal quem prova é quem acusa. Não foi provado sequer que ele roubou a moto do crime”.

O advogado de Hilário, Homero Mafra, saiu sem dar declarações.

Personalidade dos réus

As primeiras testemunhas a falar, às 9h30, foram os irmãos Pedro e Valdemir Nascimento Lima, que trabalharam em uma plantação de café de Timbuí para Esperidião Frasson. Por volta de 10h30 começou o depoimento de João Guilherme Souza, assessor do desembargador Ney Coutinho, que trabalhou com Hilário no Tribunal de Justiça por três anos. Segundo o advogado Leonardo Rocha, os depoimentos dessas pessoas foram favoráveis aos réus no que diz respeito à personalidade deles.

“As provas são mais formais em relação ao Hilário. O depoimento do assessor do tribunal foi relevante, benéfico a defesa dele. O perfil que está sendo desenhado do Hilário não foi o mesmo que ele conviveu durante três anos. Disse que ele era uma pessoa boa, conviveu com ele. O acompanhou no início da conversa dos tratos sobre a separação. Acho que o mais relevante do dia será do chefe de polícia, Guilherme Daré”.

Disse que a ideia da defesa foi justamente contrapor o perfil agressivo apresentado até o momento de Hilário e Esperidião, em relação à agressão a Milena e as duas filhas delas. Informou também que as provas apresentadas até o momento são inexistentes em relação a Bruno e Dionathas. “Hoje me foi relatado que os dois tiveram um tratamento diferente. Foram colocados em locais diferentes, sem nenhum tipo de pressão. Espero concluir sem maiores tumultos e buscando o que todos queremos, que é a justiça”.

A expectativa do advogado da família da Milena, Renan Sales, é que todos os acusados sejam levados ao júri popular. “No entendimento da acusação, é absolutamente certo que esses seis acusados serão levados à júri popular. Infelizmente a gente não consegue mensurar data, mas o que a gente quer é que esses seis acusados sejam julgados pelo tribunal popular do júri ainda esse ano”, afirma.

A previsão é que as audiências sejam retomadas às 13h. Estão previstos os depoimento do chefe de policia civil, Guilherme Daré, que trabalha com Hilário; e o porteiro do prédio onde onde Hilário e Milena moravam. Ao fim dos depoimentos, o juiz vai analisar se os réus devem ir a ou não júri popular. Essa decisão deve sair até o final de março.

Primeiras audiências

Nos dias 16 e 17, quando começaram as audiências, foram ouvidas as testemunhas arroladas pela acusação: o delegado responsável pela investigação do caso, Janderson Lube; um investigador de polícia; a advogada que atuava para Milena na área da família e três amigas da vítima.

Também foram ouvidas familiares da médica; duas mães de colegas das filhas da médica; um vizinho, além de duas pessoas que teriam sido contratadas por Hilário Frasson (marido e acusado de ser um dos mandantes do crime), para instalar câmeras na casa onde Milena morava.

Outras 22 testemunhas foram intimadas por carta precatória para serem ouvidas em locais diferentes na presença do Ministério Público: Fundão (16), Colatina (2), além de Linhares, Aracruz, São Mateus e Governador Valadares (uma em cada). Ao todo, são 55 pessoas constatadas no processo. O inquérito do caso tem mais de duas mil páginas.

Caso Milena Gottardi

A médica Milena Gottardi foi baleada na cabeça no dia 14 de setembro de 2017, quando saia do Hospital das Clinicas, em Vitória. De acordo com a polícia, o crime teria sido de mando e planejado pelo marido da vítima, Hilário Frasson, e o sogro Esperidião Frasson.

Na avaliação do responsável pelo caso, delegado Janderson Lube, o sogro passou a ver Milena como um problema financeiro, e não mais como membra da família. Uma vez que a separação fosse consumada, Hilário seria obrigado a ter responsabilidades financeiras com a médica e as duas filhas deles.

(Com informações de Thais Rossi)

 

 

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