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Caso Milena Gottardi: família diz viver com medo; Hucam afirma ter reforçado segurança

milena gottardiQuase um ano após a morte da médica Milena Gottardi, o Espírito Santo ainda ocupa a sexta posição dentre os estados que mais matam mulheres no país e a segurança no Hospital Universitário (Hucam) ainda é duvidosa. Os familiares da vítima, que teve a vida ceifada aos 38 anos, aguardam o julgamentos do suspeito e esperam que a justiça seja feita.

A jovem médica de 38 anos foi assassinada no Hospital das Clínicas (HUCAM) e o principal suspeito de ser mandante do crime é o ex-marido, Hilário Frasson, além de outras cinco pessoas envolvidas no assassinato, entre eles seu pai, Esperidião Frasson.

A família de Milena vive hoje, prestes a completar um ano sem ela, com o medo do que pode acontecer, e espera que a justiça seja feita. O tio dela, Geraldo Gottardi, afirma que se preocupa com as filhas da jovem, que ainda sofrem muito com a falta da mãe, além dos riscos que correm com o próprio pai. “Se ele fez isso com Milena que ele dizia que amava, imagina com as crianças”.

Ele reforça que as mulheres devem se unir para clamar por atitudes mais rigorosas no que diz respeito aos crimes de feminicídio. “Todos os dias vemos uma mulher morta pelo companheiro por qualquer besteirinha. O nosso caso só está sendo resolvido porque estamos em cima, temos provas de tudo”.

Desde a morte de Millena, a guarda das duas filhas do casal está com o irmão da médica, Douglas Gottardi, conforme pedido dela em carta registrada em cartório. Segundo o Geraldo Gottardi, a família chegou a passar algumas dificuldades financeiras, inclusive devido aos gastos com advogados, mas a situação já se estabilizou.

Os acusados de planejarem a execução de Milena, Hilário Frasson (ex-marido), Esperidião Frasson (ex-sogro); os intermediários Valcir da Silva Dias e Hermenegildo Palauro Filho, e o atirador, Dionathas Alves Vieira irão a júri popular, ainda sem data definida. 

Segurança

Foto: Ygor Cássio Protesto de funcionários do Hospital Universitário
Protesto de funcionários do Hospital Universitário

Logo após a morte de Milena os funcionários do Hospital das Clínicas, se reuniram para protestar contra a insegurança no local. Na época, a coordenação do Sindicato dos Trabalhadores da Ufes (Sintufes), contou que há cerca de quatro  anos antes do crime, havia uma cancela na entrada do hospital. “Os funcionários precisavam de cartão para entrar e sair do local. Ninguém saia daqui sem identificação. Hoje não, entra e sai qualquer um. Depois que retirou, o campus virou terra de ninguém”, disse.

Segundo o Hucam, atualmente o hospital dispõe de segurança patrimonial dividida em turnos que cobrem dia e noite. O controle de acesso é feito por meio de crachás de identificação no interior do hospital, nas recepções.

Ainda segundo o Hucam, este ano, uma parceria com a Polícia Militar tem garantido rondas diárias da corporação nas áreas de circulação de veículos. Parte das rotas de circulação interna foi remanejada para facilitar a ação da segurança.

A PM afirma que realiza moto patrulhamento diário no entorno das instalações do Hucam, além de pontos base em horários estratégicos.

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