A 1ª audiência do caso lama cirúrgica, que aconteceria na manhã desta sexta-feira (7), teve que ser cancelada.
De acordo com o assistente de acusação do caso, Renan Sales, nas justificativas, a juíza responsável pelo processo destacou que entre os nove réus, um teve delação premiada. No entanto, os advogados de defesa alegaram não ter conhecimento prévio sobre o conteúdo do que foi dito.
Segundo Renan Sales, outra justificativa da juíza é que um dos réus não foi intimado e essa ação é obrigatória, mesmo que ele não compareça. Ainda de acordo com o assistente de acusação, que está representando uma das empresas de saúde que foram afetadas pela fraude, algumas testemunhas que seriam ouvidas foram dispensadas do processo.
“Ainda têm bastante gente para ser ouvida, e por razão disso, o caso deve ser elevado a mais duas ou três audiências”.
As investigações sobre o caso, que trata do uso de materiais descartáveis que estavam sendo reutilizados em cirurgias no Espirito Santo, já foram encerradas e as denúncias encaminhadas ao Ministério Público Estadual (MPES), que demandou o inicio do processo de julgamento dos envolvidos. O primeiro dia de audiência foi remarcado para 17 de dezembro.
O esquema criminoso envolvendo médicos e enfermeiros da Grande Vitória que utilizava e vendia ilegalmente cirúrgico descartável deixou várias vítimas, dentre elas, operadoras de planos de saúde. Pelo menos dois médicos foram presos por envolvimento no caso. “Em resumo, os acusados cobravam dos planos de saúde, como se fossem novos, materiais de uso único. Referidos materiais eram por eles ilegalmente reprocessados. Os crimes são extremamente graves, dentre eles destaco a associação criminosa, o crime contra saúde pública e o estelionato”, disse o advogado Renan Sales.
