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Caso Andrielly: vítima morreu asfixiada e Rubens vai responder por feminicídio

 A polícia concluiu, nesta sexta-feira (23), o inquérito que investigava o assassinato da professora Andrielly Mendonça, encontrada morta em 4 de março em sua casa no bairro Planalto em Vila Velha. Ela foi morta com um fio de carregador de celular e segundo as investigações ficou constatado que ela morreu asfixiada – mesmo sem confirmações do laudo cadavérico sobre o instrumento usado pelo assassino.

Segundo a polícia, o carregador foi encontrado ao lado do corpo de Andrielly, contudo, devido a nenhuma marca encontrada no pescoço da vítima, não foi possível afirmar se ela sofreu estrangulamento, esganadura ou o golpe “mata leão”. O acusado de assassinar a jovem é seu companheiro Rubens de Almeida Dias Junior, de 22 anos, que se apresentou a Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP) cinco dias após o crime, acompanhado de seu advogado a fim de prestar depoimento. Ele foi indiciado por feminicídio.

A perícia e algumas testemunhas encontraram na casa de Andrielly uma bolsa com roupas dela e de sua filha, revelando que a jovem tinha a intenção de ir embora, mas foi impedida por Rubens, que discutiu com ela e em seguida passou a agredi-la. Segundo depoimento das testemunhas a discussão durou cerca de 10 minutos.

No laudo foi constatado também que Andrielly sofreu muitas lesões em todo corpo enquanto lutava para sobreviver, mas Rubens a matou de forma cruel. Nas declarações de Rubens ele afirmava que deu o “mata leão” na jovem, com o objetivo de se defender pois, segundo ele, a vítima o ameaçava com uma faca. Porém a polícia descarta essa possibilidade, já que essa faca não foi encontrada em nenhum local da casa.

Foi observado também que o acusado foi frio ao trancar a residência para dificultar a vida dela, e levar a criança, evitando que a mesma chamasse a atenção dos vizinhos.

Histórico
A polícia analisou também a vida pregressa de Rubens, que já havia sido indiciado anteriormente por violência doméstica à ex-mulher Jaqueline Ribeiro Maduro. A ela, o homem fez várias ameaças de morte se fosse denunciado. Um boletim de ocorrência aponta que em 28 de janeiro deste ano Jaqueline foi alvo de tentativa de morte com arma de fogo, nas proximidades de sua residência.

Segundo o delegado Janderson Lube, titular da Delegacia de Homicídios e Proteção a Mulher (DHPM), esse histórico do acusado são comuns em crimes de feminicídio. “Existe uma violência doméstica pré-existente ali, com agressões, ameaças e dali ocorre essa progressão com relação à prática criminosa no âmbito doméstico. Daí a necessidade de sempre estar registrando ocorrência”, relata Lube.

O delegado ainda cita que nessa situação do caso Andrielly, houve uma progressão não iniciada com relação a ela , mas uma conduta por parte do Rubens, em relação a sua ex mulher. No qual, iniciou com ameaças, partindo pra uma violência física, que foram os disparos, e refletiu com relação à vítima Andrielly, da qual praticou o homicídio propriamente dito de uma forma cruel.

Com a conclusão do inquérito, foi solicitada a prisão preventiva de Rubens que se encontra preso no centro de triagem de Viana, onde aguarda decisão da justiça, que pode condena-lo por homicídio qualificado pelo meio cruel e feminicídio, furto e roubo.

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