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Cartunista lamenta ataque terrorista à revista em Paris e mortes de chargistas

Danieleh Coutinho – com informações do UOL e Agência Brasil

{'nm_midia_inter_thumb1':'http://www.eshoje.jor.br/_midias/jpg/2015/01/07/1_10403440_683797005074238_517219851750735982_n-108225.jpg', 'id_midia_tipo':'2', 'id_tetag_galer':'', 'id_midia':'54adbdc46cf41', 'cd_midia':108221, 'ds_midia_link': 'http://www.eshoje.jor.br/_midias/jpg/2015/01/07/10403440_683797005074238_517219851750735982_n-108221.jpg', 'ds_midia': 'Charge de Zappa diz: Esse é o limite do humor', 'ds_midia_credi': ' Reprodução do Facebook', 'ds_midia_titlo': 'Charge de Zappa diz: Esse é o limite do humor', 'cd_tetag': '3', 'cd_midia_w': '470', 'cd_midia_h': '357', 'align': 'Left'}“Estou fazendo uma das charges mais tristes de minha carreira. Cada atrito do grafite no papel é doloroso”. Assim definiu o cartunista de ESHOJE Gilberto Zappa, se referindo ao atentado à sede da revista “Charlie Hebdo”, que matou 12 pessoas nesta quarta-feira (7) em Paris. Dentre os mortos o diretor e chargista Charb (Stéphane Charbonnier) e outros quatro desenhistas: Georgers Wolinski, Cabu (Jean Cabut), Philippe Honoré e Tignous (Bernard Verlhac).
Além deles, morreram o economista Bernard Maris, o revisor Moustapha Ourrad, o cronista Michel Renaud e o jornalista Philippe Lançon.
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De acordo com François Mollins, procurador-geral da República, os dois atiradores invadiram o prédio da revista, rendendo dois funcionários de manutenção, que foram assassinados em seguida.
Na sequência, eles invadiram uma reunião, que ocorria no segundo andar do prédio, e abriram fogo. Mais dez pessoas foram mortas, entre elas oito jornalistas, um convidado e um policial que fazia a segurança do local. Outras onze pessoas ficaram feridas –quatro delas estão internadas em estado grave.
A revista semanal já publicou ilustrações satíricas sobre líderes muçulmanos e foi ameaçada por divulgar caricaturas de Maomé há três anos, tendo inclusive sua sede incendiada na época.
Uma sobrevivente, a cartunista Corinne “Coco” Rey, disse ao jornal “L’Humanité” que foi obrigada por dois homens a deixá-los entrar no prédio e que eles falavam “francês perfeito”.
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A comoção causada pelo atentado à sede do jornal satírico Charlie Hebdo motivou milhares de pessoas a se reunir em várias cidades da França para homenagear os mortos, prestar solidariedade às famílias das vítimas e repudiar o ataque – que já é pela imprensa franceses como um dos mais graves de toda a história do país.
Em Paris, onde a mobilização foi convocada por sindicatos, entidades de classe e partidos políticos, uma multidão está concentrada na Praça da República, que fica próxima ao local do atentado. Muitas pessoas portam cartazes e faixas com a frase, em francês, “Eu sou Charlie”.
“As pessoas não entendem o que aconteceu”, disse a jornalista Karima Saidi, que esteve na vigília e, depois, acompanhou um grupo que marchou até a prefeitura parisiense. “O que mais me chamou a atenção foi o silêncio. Às vezes, algumas pessoas gritavam algo em defesa da liberdade de expressão, mas, na maior parte do tempo, o silêncio era completo. É um ambiente muito pesado.”
Karima lembrou alguns dos atentados que aterrorizaram os franceses nos últimos dois anos, como o que ocorreu em 2012 em uma escola judaica de Toulouse, no qual quatro crianças foram mortas. “As pessoas estão chocadas. O fato de não ter sido cometido com bombas, como das outras vezes, e de os alvos serem jornalistas contribui, mas a verdade é que há muito tempo um atentado não deixava tantos mortos”, acrescentou a jornalista.
Três suspeitos identificados
Os três suspeitos pelo atentado à sede da revista “Charlie Hebdo” já foram identificados pela polícia, segundo agências internacionais. Eles continuam foragidos. De acordo com a “AP”, fontes policiais anônimas informaram que dois dos suspeitos seriam franco-argelinos e irmãos com idades de 32 e 34 anos. Seus nomes seriam Saïd et Cherif Kouachi. O terceiro, cuja nacionalidade é desconhecida, teria 18 anos e se chamaria Hamyd Mourad. Ele teria atuado como o motorista na fuga. Atualmente, eles seriam membros do braço armado da Al Qaeda no Iêmen.
De acordo com a revista “Le Point”, os dois suspeitos mais velhos, nascidos em Paris, retornaram da Síria no último verão europeu. O mais novo deles, Cherif, foi condenado a três anos de prisão em 2008, dos quais cumpriu 18 meses até sair em liberdade condicional, por ter participado de uma rede de recrutamento de jihadistas franceses para combate no Iraque.
Chamada de “Rede dos Montes Chaumont”, ela foi desmantelada há três anos e reunia parisienses que eram mantidos sob vigilância pelas autoridades do país pela intenção de planejarem atentados. Cherif teria sido preso quando se preparava para viajar e se juntar aos jihadistas.
Ainda segundo a revista, nos últimos anos, os irmãos teriam se empenhado a despistar os serviços de inteligência e permaneceram escondidos na comuna de Reims, no nordeste da França. Seria nesta região, afirma a “Le Point”, que as buscas da polícia pelos foragidos se concentra.
Todos os serviços de segurança da França procuram pelos três suspeitos de terem cometido o atentado terrorista. Apenas em Paris, o contingente policial mobilizado nas buscas soma mais de 2.200 agentes.
Um gabinete de crise foi instalado na capital francesa para coordenar uma “caçada sem precedentes”. Participam dele a Seção Antiterrorismo (SAT, na sigla em francês) da Brigada Policial de Paris, apoiada pela direção central da Polícia Judiciária, bem como a Direção Geral da Segurança Interior (DGSI), órgão federal.

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