Após o anúncio da Petrobras do aumento em 9,5% no litro do diesel e 8,1 % na gasolina na última terça-feira (6), o consumidor pode sentir no bolso uma diferença de R$0,17 e na gasolina de R$0,12 respectivamente. Para quem anda de carro ou muitas vezes trabalha diretamente com veículo, essa diferença será significativa.
O ESHOJE foi às ruas na manhã desta quarta-feira (7), e visitou seis postos. Em um deles, na Av. Marechal Mascarenhas de Moraes, o preço foi aumentado no momento da reportagem. “Estava R$ 3,69 e vamos mudar no sistema agora para R$ 3,79”, informou um funcionário. Em outro, na Av. Dante Michelini, a gasolina comum já aumentou R$ 0,10, indo a R$ 3,89; Ele fica um pouco mais a frente de outro posto, que trabalha com a mesma bandeira. Porém, a diferença foi de R$ 0,30 no preço. “São donos diferentes, e depende deles estabelecer o preço”, respondeu um funcionário ao ser questionado.
Nos outros três postos, ainda não houve aumento. A média de preço ficou em R$ 3.76. Para o Divulgador Norman Faria, a diferença pode ser de até R$ 40,00 por dia. Isso porque ele depende do veículo para trabalhar. “É ruim para todos. Eu trabalho com publicidade e dependo do carro. Gasto R$ 30,00 para ir e voltar todos os dias. E tenho funcionários para pagar”, disse. E ainda brincou com a situação. “Não tenho alternativa a não ser usar o carro. Vou ter que ir pra roça capinar?”
Para o Consultor de Vendas Vitor Pereira, a diferença vai ser de R$ 50,00. “Eu geralmente gasto até R$ 450,00 por mês abastecendo. Não tenho outra alternativa, a não ser o carro”, afirmou. Já para o Médico Sérgio Camelo, a diferença vai ser R$ 42,00 por mês. “Rodo 600 km por semana, dá uma média de 10km por litro. Costumo gastar 60 litros. Como alternativa, vou comprar uma moto”, afirmou.
Para o Office Boy Carlos Silva, o aumento faz com o que o consumidor tenha menos por mais. “Eu coloco R$ 120,00 de duas em duas semanas. São R$ 40 litros que duram sete dias”. E outra alternativa? “Eu não tenho”, afirmou.
Em comunicado, a Petrobras informou que as principais variáveis que explicam a decisão são o aumento observado nos preços do petróleo e derivados e a desvalorização da taxa de câmbio. A empresa informou ainda que como a lei brasileira garante liberdade de preços no mercado de combustíveis e derivados, as revisões feitas pela companhia nas refinarias podem ou não se refletir no preço final ao consumidor. Isso dependerá de repasses feitos por outros integrantes da cadeia de petróleo, especialmente distribuidoras e postos de combustíveis.
O aumento acontece menos de um mês após a o Grupo Executivo de Mercado e Preços (GEMP) se reunir e anunciar redução no preço do diesel nas refinarias em 10,4% e da gasolina em 3,1%.
