Se a cada ano eleitoral que passa os candidatos têm que especializar em comunicação via redes sociais digitais, é importante que o eleitor também tenha meios que acompanhar as informações de forma segura e prática. Para isso, o empreendedor capixaba Bruno Fonseca criou o aplicativo gratuito Eleitor Digital.
A plataforma é dividida em três menus: o primeiro é o mural, onde aparecem as publicações dos candidatos em tempo real, unificando Twitter e Facebook, de modo a não deixar o eleitorado nas mãos dos algoritmos que nem sempre entregam as informações. O candidato pode também fazer postagens pelo celular ou através de um computador comum pela própria plataforma e também dar acesso para equipe de campanha e a um departamento de comunicação. Há também a opção de o eleitor ir direto para o perfil do candidato.
Já o segundo menu traz enquetes produzidas pelo próprio aplicativo, todas de interesse social como porte de arma, aborto e fundo partidário. O terceiro menu traz a lista dos candidatos, separados por cargos: Presidente, governadores, senadores, deputados estaduais e deputados federais. Não é preciso perder muito tempo com cadastro já que é dada a opção de conectar-se ao aplicativo com um clique, utilizando dados do Facebook do usuário.
É possível interagir e comentar nas postagens dos candidatos e ao entrar no perfil de cada um o eleitor encontrará informações básicas como nome completo, biografia, partido e número. Também há uma opção de “reputação” que indica quantos processos judiciais o candidato tem e quais, sendo estes dados disponibilizados através de parceria com o Instituto Reclame Aqui.
Combate às fake news
Se cada rede social por si só já aproximou candidatos de eleitores, a ideia do Eleitor Digital é uma comunicação ainda mais direta e mais barata, com o intuito de diminuir as fake news e os spams indesejados. “Acreditamos que sem robôs e sem posts de sites outros, podemos combater as notícias falsas, já que o eleitor apenas receberá informações vindas das postagens dos candidatos e cada um é responsável pela informação que publica. Além disso, plataforma como esta, se utilizada maciçamente pela maioria dos eleitores, pode gerar uma economia de bilhões de reais por eleição gastos em divulgação de campanhas. Afinal, aqui diminuímos a distância entre o eleitor e o candidato, de forma barata e democrática”, afirma Bruno Fonseca.
O empreendedor acrescenta que a plataforma pode ser um veículo mais barato de produção de campanha: “é possível que os candidatos impulsionem seus posts dentro da plataforma, de modo barato e justo. Acreditamos que, em tempos digitais, de informação rápida e democrática, as campanhas podem ser bem mais baratas e honestas, já que a distribuição é igual, independentemente de partidos”. Bruno salienta ainda que o fundo é distribuído de forma desigual e, por isso, a renovação nunca chega: “se partidos com maior bancada já eleita recebe mais, temos aí uma falsa renovação e, quem paga é a população, que tira de serviços essenciais para fazer propaganda a peso de ouro de político”, finaliza Fonseca, que investiu do próprio bolso o desenvolvimento do aplicativo.
Módulo inédito para pesquisas
Outro aspecto do aplicativo Eleitor Digital serão as pesquisas eleitorais: “As pessoas estão incrédulas com as pesquisas por aí, por isto criamos também um módulo de pesquisa, registrado no TSE, inédito no Brasil e totalmente independente, este modulo irá ser lançado no dia 22 de Agosto”, explica Bruno. Ele contratou um estatístico e irá registrar junto ao TSE cada pesquisa. A ideia é que este módulo se torne a maior fonte de pesquisa eleitoral do país, justamente por ser totalmente digital e feita por CPF.
O aplicativo
Eleitor Digital já está disponível nas lojas Apple e Google, mas a ideia é fazer um lançamento virtual com digital influencers, que irão postar ao mesmo tempo vídeos e chamadas para o aplicativo. Algumas atrizes como Bianca Vedovato, de Malhação, e Bruna Lisboa também participaram dos vídeos explicando o funcionamento da plataforma e suas vantagens. O aplicativo já tem mais de 20 mil downloads e a ideia é chegar a pelo menos um milhão até o primeiro turno. E já teve candidata a deputada o apelidando de “O Instagram da política”.
Candidatos podem se cadastrar gratuitamente e ter 5 impulsionamentos para toda a audiência e suas agências de comunicação têm a possibilidade de criar conteúdo com imagem, vídeo e texto exclusivo dentro do app.
Pedro Cunha
[email protected]
