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Candidaturas

Nesse negócio de eleições, de programa eleitoral gratuito, com o nosso dinheiro, aparecem umas figuras interessantes, pedindo voto, cada qual com suas promessas, com seus refrões e, outros adotando nomes impagáveis, dentro do pressuposto de que Cacareco (um rinoceronte da Quinta da Boa Vista), o índio Juruna, o palhaço Tiririca e outros se elegem ao sabor da gozação dos eleitores para com tais figuras.

Lá pela década de 70, um velho conhecido se candidatou a deputado federal e saíu por aí pedindo apoio de um prefeito ali, outro acolá, até que uma dessas autoridades municipais lotou o pequeno cinema da cidade e, como o candidato a deputado federal, nas horas vagas, gostava de fazer mágicas, montou uma mesa no palco do cinema e passou a fazer algumas apresentações, como tirar uma porção de lenços do bolso alheio, rasgar um jornal em vários pedaços e depois sair por inteiro de uma caixa, onde depositava os pedaços, etc.

Para coroar a noite radiosa, com os aplausos gerais da assistência e dos elogios do prefeito, o candidato mágico pegou um ovo, colocou-o num pano vermelho bem dobrado, segurando o objeto firme, bateu com ele na ponta da mesa até que todos se certificassem que estava realmente destruído. Incontinente, abriu o pano vermelho com cuidado, onde a plateia certificou-se de que tinha realmente desaparecido. Continuou com suas mágicas, até que no final, um gaiato da plateia, que deveria permanecer calado, gritou lá do fundo: “E o ovo? ”. O mágico bateu a mão na testa, agradecendo a lembrança e, incontinente, chamou o prefeito, seu padrinho político no município, ao palco. Com intraduzível satisfação o prefeito subiu os degraus da pequena escada de acesso, e se postou no meio do palco. O mágico, depois de uns salamaleques, algumas palavras cabalísticas, pediu licença ao refeito, passando a mão na sua bunda, de onde tirou o ovo inteiro, como fora colocado no pano vermelho.

A assistência veio abaixo, numa gargalhada geral, passando a imitar canto da galinha, quando bota ovo.

O prefeito desceu a escada, puto da vida, e o mágico não teve um voto no município, aliás, não se elegeu.

 É melhor que se crie de uma vez o tal Distrito Eleitoral. Pelo menos essas presepadas não ocorrem mais, como o caso daquele candidato que, trepado num caminhão, numa cidade bem do interior, perguntou ao povaréu ao seu redor: “Vocês, povo, tem água encanada aqui? ” O povaréu respondia em uníssimo: “Nãããão…” E assim foi, com escolas, energia elétrica, transporte, cinema e tudo mais que poderia agradar o povo. Quando, saíu -se com essa: “Então, porque vocês não vão embora desta merda? ”.

Acho que o voto distrital vai botar fim a muita coisa, inclusive a propaganda eleitoral gratuita…

Uchôa de Mendonça
Uchôa de Mendonça
A partir de hoje, aqueles que desejarem perder seu tempo e conhecer melhor as idéias de Uchôa de Mendonça, irá encontrá-lo por aqui, direto e franco, sempre pela direita e pela frente. Uchôa de Mendonça começou a trabalhar em jornal aos 5 anos de idade, em São Mateus, vendendo o Jornal O Norte, de propriedade do seu pai e, aos sete anos, já trabalhava como impressor e, com dez anos, já escrevia tópicos para a página policial.

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