A saída de Paulo Hartung (MDB) da corrida eleitoral 2018 liberou três dos partidos mais fortes no Brasil e Espírito Santo a apoiarem sua, hoje, maior rival político: o ex-governador Renato Casagrande (PSB). Pré-candidato ao Governo do Estado, o socialista teve confirmado, nesta segunda-feira (23) o apoio do PSDB – partido do vice-governador capixaba, Cesar Colnago. A sigla tucana anunciou na sexta-feira (20) que não terá candidatura própria ao governo e que o comando sobre alianças eleitorais ficará sob a responsabilidade do senador e candidato à reeleição, Ricardo Ferraço.
Também da família Ferraço, o DEM reafirmou sua posição. Liderado pelo deputado federal Theodorico Ferraço, o Democratas já dava sinais de que daria base à candidatura de Renato Casagrande. O DEM, bem como o PDT, também estarão com o ex-governador, postulante a voltar ao Palácio Anchieta.
Uma reunião realizada nesta segunda-feira (23) os três partidos confirmaram que, além de seguirem juntos na proporcional (deputados estaduais e federais), nas eleições majoritárias estarão com Casagrande.
O anúncio foi feito em encontro realizado na sede do PDT, onde informaram que esse apoio atende a alguns critérios, como compromissos que o candidato a governador terá que assumir, Ricardo Ferraço ser o candidato ao Senado da chapa e a acomodação do PDT na chapa governamental. “Temos nomes que nos daria condições de construir candidatura própria para estadual e federal, mas estamos abertos a todos que nos procuram”, afirmou o secretário-geral do PSB, Carlos Rafael.
Além dos três partidos, a candidatura do ex-governador já conta com o apoio do PPS, PV, PSC, Avante, PTC e PSL. O PTB que tinha anunciado caminhar com Casagrande, poderá lançar candidatura própria com o nome do empresário e professor Aridelmo Teixeira. No dia 4 de agosto o PSB realiza convenção. “Estamos sendo muito demandados para muitas coisas. Mas a matemática precisa olhar identidade política para não comprometer o que se pensa de projeto para o Estado. Temos consciência de que temos que conversar todos que nos procuram, mas preservando o que foi construído com os iniciais, como PPS e PP”, acrescentou Rafael.
Ele garantiu que o apoio de diversos partidos não vai comprometer a identidade de gestão adotada por Renato Casagrande – que governou o Espírito Santo de 2011 a 2014. “Não há risco maior de prejudicar a identidade. Lá atrás Renato foi levado por um arranjo liderado de outros atores. Mas hoje o próprio Renato coordena, sem perder as construções de propostas para o estado”.