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Candidatos do Governo do ES respondem: o que fazer para evitar novas crises hídricas?

Rio JucuNa contramão dos vizinhos, o Espírito Santo segue sem riscos de crise hídrica. Os rios capixabas seguem com valores estáveis na vazão nos últimos 30 dias, o que mostra uma situação positiva, segundo a Agência Estadual de Recursos Hídricos do Espírito Santo (Agerh).

Situação bem diferente do que aconteceu há pouco mais de um ano, quando o ES enfrentou a pior crise hídrica em 80 anos, com racionamento de água. O ESHOJE questionou os candidatos ao Governo do Estado sobre as respectivas propostas na área da crise hídrica e estiagem:

Carlos Manato (PSL):

“Temos o projeto ‘Plantar Água’, que visa preservar as nascentes, recompor as matas ciliares, de forma a preservar os mananciais. Além disso, vamos facilitar a obtenção de licenças ambientais para a construção de novas barragens, onde elas forem necessárias”.

Rose de Freitas (Podemos):

“Primeiramente, vem à conscientização das pessoas em evitar o desmatamento; recuperar e preservar as nossas nascentes; plantar árvores; planejar a utilização dos recursos hídricos; e pensar em algumas barragens estratégicas para que possam atender a demanda daqueles que sobrevivem da agricultura. Cuidar das nascentes é uma maneira de preservação da capacidade hídrica. Se nós não contribuirmos, sem sombra de dúvidas teremos crises profundas mais adiante. É um ciclo enorme de condutas que vamos adotar”.

Jackeline Rocha (PT):

“Temos em nosso plano de governo a realização de obras de implantação de mais estações de bombeamento de água, assim como o desassoreamento dos nossos rios. Medidas para amenizar e acabar, de forma gradativa, com a crise hídrica que assola nosso Estado. Investiremos, também, em mais tecnologia para nossos centros meteorológicos, e vamos investir em equipamento para a implantação de um laboratório de climatologia, para prevenirmos e estarmos preparados para estiagens. Bem como, também, o investimento em mais campanhas de alerta ao desperdício, sobre gasto excessivo de água”.

Renato Casagrande (PSB):

“É importante que o Governo aumente a capacidade de resposta dos órgãos ambientais, a fim de dar agilidade aos processos de licenciamento e outorga para uso dos recursos hídricos. E é isso que faremos. Além disso, vamos fortalecer os Comitês de Bacia Hidrográfica e ampliar o Programa Reflorestar, modernizando o mecanismo de pagamento por serviços ambientais como forma de induzir a recuperação de ecossistemas frágeis e a recuperação de áreas degradadas.  Também vamos investir na construção e gestão de barragens e reservatórios e na despoluição das praias, rios e ecossistemas litorâneos; desenvolver programas com orientação para manejo adequado do solo, e fomentar a implantação de arranjos produtivos que melhorem a renda, a função ambiental e a produção de água, como os agroflorestais e agroecológicos”.

Aridelmo Teixeira (PTB):

“O nosso Estado sofre por causa da crise hídrica desde 2013. Passamos por períodos críticos de seca, escassez de água, intercalados com inundações e alagamentos. A população da Grande Vitória padeceu por causa da crise e pessoas ligadas à produção agrícola e à pecuária muito mais, inclusive, com racionamento de água. No meu Plano de Governo, planejamos ações para fortalecer a segurança hídrica, como criar Unidades de Conservação de Água (Jucu, Benevente e Santa Maria da Vitória); implantar o sistema de produção e distribuição de água do Rio Reis Magos; ampliar o número de barragens públicas e privadas de uso múltiplo; elaborar o Plano Estadual de Recursos Hídricos; e o plano de reutilização de água em parceria com municípios e sociedade civil. O assunto tem destaque no meu projeto de Governo, devido a sua importância para a sociedade e o desenvolvimento do Espírito Santo”.

André Moreira (Psol):

“A crise hídrica no Espírito Santo é resultado da falta de planejamento e de políticas públicas efetivas de conservação ambiental. É preciso desenvolver uma política séria para recuperar rios e nascentes. Esse processo é a médio e longo prazo, e implica em medidas para a recuperação de matas ciliares e de florestas. A construção de barragens e açudes é necessária neste momento de crise mais aguda, mas não podemos esquecer que são soluções paliativas. O problema irá retornar mais à frente, ainda mais grave. É importante ressaltar que as grandes plantas industriais de empresas como a Fibria, Vale, ArcelorMittal e Samarco são principais responsáveis pela crise hídrica que afeta toda a população capixaba. O desmatamento é outro agente importante da crise hídrica. É a floresta que preserva as nascentes, porque depende da árvore para infiltrar a água no subsolo. O PSOL defende que a água sirva prioritariamente as pessoas. Atendidas às necessidades básicas de consumo da população, a água deve atender aos animais e depois aos pequenos produtores rurais. As grandes indústrias estão por último nessa cadeia proposta pelo PSOL. As indústrias precisarão, primeiramente, apresentar contrapartidas para mitigar o problema hídrico. É fundamental também fortalecer e ampliar a estrutura pessoal e de infraestrutura do Iema, órgão responsável pela fiscalização ambiental”.

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