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Candidatos ao governo do ES falam sobre suas propostas para educação

educaçãoO Espírito Santo ficou em 1º lugar no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB). Porém, não alcançou a meta de 5,1 estabelecida pelo Ministério da Educação (MEC). Diante do resultado, a reportagem do ESHOJE questionou os candidatos ao governo do estado sobre essa e outras demandas relacionados à educação:

André Moreira (PSOL)

“Eu não posso impor um modelo ideal para uma comunidade. Democraticamente, temos que discutir com a comunidade escolar qual o melhor modelo escolar. Tem um plano de educação, que é construído do âmbito municipal, estadual e nacional. As conferências definem. Isso tem que ser popular e democrático. Existe um modelo para educação familiar dos grupos de agricultura familiar, que se chama a pedagogia da alternância. O menino vai uma semana para escola no regime de internato, e na outra semana está na comunidade fazendo os projetos que definiu durante esse período na escola. Essa pedagogia da alternância dá conta de resolver um problema das famílias de pequenos agricultores, que é a mão de obra do estudante ajudando os pais no processo da produção da família. Porque quando estão na comunidade, estão trabalhando junto com os pais, mas isso não impede que estudem também. Muitas saídas pedagógicas vão ser encontradas na realidade da comunidade. Como vou impor nesse aluno que precisa trabalhar essa escola de tempo integral? Como vou deixar uma mãe que precisa trabalhar sem uma escola de tempo integral para o seu filho menor, que precisa ficar em casa e no contra turno não tem ninguém pra tomar conta dele? A educação integral não pressupõe somente uma escola em tempo integral. É muito maior do que isso, e precisa ser discutido nas conferências de educação. E isso tem que ser discutido pelas comunidades escolares e população. O governo tem que executar essas decisões. Mandar para a Assembleia, discutir com ela e com a própria população. Esse plano que sai democraticamente discutido pela sociedade é o que o governo tem que tocar. Essa é a nossa visão de projeto educacional. Uma educação que seja inclusiva, que melhore a capacidade do capixaba de se apropriar das riquezas que são produzidas no Espírito Santo, e que seja humanizadora”.

Carlos Manato (PSL)

“A principal proposta é continuar o projeto Escola Viva, com necessidade de aprofundamento. Abrir uma grande linha de crédito, se tiver, para investir na qualificação do profissional da educação, no professor, de forma que ele faça curso, tenha condições de trabalho, e também melhore a disciplina moral e cívica nas escolas. Também proponho cantar o hino nacional nas escolas toda a semana. Que seja patriota. É importante chama-los e perguntar o que está ruim. Todo mundo está defasado, e o que eu quero fazer é repor a inflação. Não quero deixar um real para trás no meu governo. Também quero abrir as contas e ser transparente”.

Aridelmo Teixeira (PTB)

“Eu quero ser eleito se a sociedade entender que o principal pilar dela tem que ser a educação. O problema da segurança pública está na educação. Quem está sendo assassinado e está assassinando são jovens de 16 a 24 anos. Essas pessoas têm em comum que abandonaram a escola no ensino fundamental. Daqui há oito anos, os alvos são quem está abandonando a escola. Fazendo uma escola mais atrativa, conseguimos abrigar esse aluno para que ele não saia. Isso é investimento em segurança pública. Quando vamos aos postos de saúde, grande parte dos problemas tem origem na falta de conhecimento, obtido em educação. Reduziria o custo do atendimento primário. Nossos problemas ambientais também vêm do descuido do descarte, daquilo que consumimos: falta de educação. Todos esses problemas têm origem na educação de baixa qualidade. Quero convencer a sociedade, nesses dois meses, que ela tem que abraçar isso como causa. Se não resolver isso, o resto é enxugar gelo. Temos que otimizar recurso público, e pra isso, primeiro é preciso acabar com a mazela da educação. Ela começa a resolver o entorno e todos os outros problemas. Essa é a visão”.

Jackeline Rocha (PT)

“Minhas propostas são escola de tempo integral, fazer a reabertura das escolas famílias e reabrir o EJA. É preciso também ter um plano de valorização da categoria, algo completamente diferente do Escola Viva. Eu não posso ter um modelo de escola só para um determinado bairro e excluir todas as outras. É preciso que a gente encontre uma fórmula de fazer com que todas as escolas possam ter a qualidade. Podemos muito bem utilizar ciência e tecnologia a favor da educação. Tem muita oferta de cursos à distância, a própria pedagogia da alternância, para quem trabalha no campo. É preciso fazer educação descentralizada de tempo integral, para que todas as escolas sejam modelos.

Rose de Freitas (Podemos)

“A Escola Viva é um bom modelo. Precisamos aperfeiçoar o projeto e não deixar, de forma alguma, que as escolas públicas sejam fechadas. Hoje, as escolas em tempo integral são uma realidade e muito importantes – pela necessidade de as famílias trabalharem, por exemplo. Os alunos precisam de um tempo de escola que lhes dê condições de estudar, praticar e aprimorar o conhecimento. Acredito que investir em educação é a única maneira de garantir igualdade de oportunidade e um futuro melhor para as pessoas. Em nosso projeto, vamos implementar uma política de valorização dos profissionais da área e assegurar melhores condições de aprendizagem para o aluno”.

Renato Casagrande (PSB)

“No nosso governo, entre 2011 e 2014, iniciamos a implantação das escolas em tempo integral no Espírito Santo, que passou a ser chamada de Escola Viva. Vamos priorizar a expansão do ensino integral, com amplo diálogo com a comunidade, garantindo o atendimento das demandas educacionais nas diferentes regiões do estado. Esse processo, no entanto, não pode gerar prejuízos aos capixabas, com a extinção de turmas e o fechamento de escolas, como vem acontecendo.

O Estado Precisa investir tanto no ensino médio quanto no fundamental, ajudando os municípios. É necessário que toda a rede – estadual e municipal – tenha dedicação total ao aprendizado do aluno, com atividades extracurriculares e acompanhamento dentro e fora da sala de aula. E é nesse sentido que vamos atuar. As escolas precisam ser mais atrativas, não só no que diz respeito às suas estruturas físicas, como também à grade curricular. Vamos realizar investimentos em reformas e aquisição de equipamentos para as unidades da rede, transformando-as crescentemente em ambientes de elevada cidadania. Além disso, vamos fortalecer e ampliar o ensino integral, garantindo a participação dos profissionais da educação e das comunidades no aprimoramento dessa importante política pública, além de valorizar e capacitar cada vez mais nossos professores”.

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