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Câncer no ovário: 80% dos casos são descobertos em estágio avançado e levam a óbito

Foto: Divulgação/Pexel
Foto: Divulgação/Pexel

Diagnóstico difícil e sem apresentar sintomas em fase inicial. Por esses motivos que o câncer no ovário ocupa a sétima posição entre os cânceres malignos mais frequentes em mulheres e a terceira posição entre os cânceres ginecológicos no Brasil. Isso de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), que ainda revelou uma estimativa de que no ano de 2016 mais de seis mil casos da doença foram diagnosticados e 80% das mulheres diagnosticadas com a doença morrem. Segundo a obstetra e ginecologista Juliana Couto essa elevada taxa de mortalidade está diretamente relacionada ao diagnóstico tardio.

“Infelizmente, esse é o tumor ginecológico mais difícil de ser diagnosticado e, por isso, é o que tem menos chances de cura. Na fase inicial, a grande maioria das pacientes apresentam sintomas inespecíficos como dores abdominais, náuseas e alteração do hábito intestinal, o que não ocasiona a busca por especialistas. Quando os sintomas estão mais intensos, como aumento do volume do abdome pelo acumulo de líquido, a doença já está em estágio avançado e a chance de cura é menor”, declara.

A especialista alerta que são três os tipos de câncer no ovário. Porem, o mais comum e de maior incidência, 95% dos casos, são os tumores epiteliais, que começam como uma fina camada de tecido que recobre o lado de fora dos ovários.

As causas dessa patologia não são completamente esclarecidas. Sabe-se que se inicia a partir de mutações genéticas que alteram as características das células e se multiplicam rapidamente. Os principais fatores de risco estão no histórico familiar da doença, na herança genética; no início dos ciclos menstruais antes dos 12 anos; tabagismo e, até mesmo, síndrome dos ovários policísticos (o que é?).

Para o diagnóstico correto é necessária uma avaliação clínica, exame físico e ginecológico. Além de exame de sangue, para detectar se a proteína AC 125, presente na maioria dos cânceres, encontra-se na superfície do ovário e, também, análise de imagem, como ultrassom ou tomografia computadorizada. O exame de biópsia é necessário, porque é a partir desse exame que será possível analisar o tecido do ovário e buscar células cancerosas.

Já o tratamento depende do estágio da doença. As principais opções são cirurgia seguida de quimioterapia ou, quando o tumor está em estágio mais avançado, inicia-se com da quimioterapia para retardar o crescimento do câncer e posteriormente avaliação cirúrgica.

A obstetra e ginecologista Juliana Couto afirma sobre a importância de ir ao ginecologista pelo menos uma vez ao ano. “Não há melhor maneira de se prevenir está ou qualquer outra doença ginecológica. Também é importante estar com os exames de rotina em dia, pois só assim será possível descobrir precocemente esse tipo de doença”, finaliza.

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