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Campeão: cachorro agredido em Cachoeiro abanda o rabo para idosa

A diferença entre ser humano e animal e como um cachorro pode ser o melhor amigo foi vista nesta sexta-feira (19), durante reunião extraordinária da CPI dos Maus-tratos da Assembleia Legislativa (Ales), realizada na Câmara Municipal de Cachoeiro do Itapemirim. A idosa de 72 anos, Cremilda da Silva da Conceição Caetano, que protagonizou cenas chocantes de agressão ao seu cachorro, foi ouvida. E, ao encontrar o animal, cujo nome é ‘Campeão’, o cachorro balançou o rabo e ficou eufórico.
Vídeo mostrou a agressão
Animal sofreu trauma no crânio
A agressora, que chegou a ser conduzida à delegacia no dia do crime mas não ficou presa, chorou e tentou justificar a violência. “Eu já pedi perdão a Deus. Em momento nenhum pensei em matar o meu cachorro. Isso só aconteceu porque eu surtei. Já arrependi, e muito, por causa disso”.
A agressão aconteceu no dia 28 de julho no bairro Boa Vista, em Cachoeiro, e depois de resgatado pela Zoonoses da cidade e “adotado” por um veterinário, ele agora foi rebatizado de Carlos Ambrósio – nome da pessoa que pagou todos os exames e inicio do tratamento.
Ela informou que o animal adquiriu alguns costumes que ele não consegue controlar, como correr atrás de moto e de carros. “Eu não posso mais ter esse animal em casa”, explicou. Com relação ao motivo da agressão, disse que “ele não mordeu o menino, só arranhou. O cachorro atacou a criança porque ele estava com um pau na mão”, revelou.
“Ele é tão manso que as crianças brincavam com ele. Eu tenho ele há 12 anos”, explicou e garantiu que a madeira com a qual ela bateu no animal não tinha nenhum prego.
Havia uma denúncia de que o animal havia sido trocado e que aquele agredido estaria morto. Diante da comissão da Ales, a senhora Cremilda teve tentativa de contato com o animal e ele correspondeu à depoente.
Felipe Vivas, delegado de polícia em Cachoeiro, afirmou que por volta das 16 horas do dia do ocorrido ele viu um vídeo da internet que aparecia a depoente espancando um cão. Ele informou que os policiais foram à casa dela para conter a população que ameaçava agredi-la, e depois ela foi levada a delegacia, a 7ª Delegacia Regional, onde prestou depoimento e foi liberada.
A presidente da CPI, deputada Janete de Sá (PMN), propôs que Dona Cremilda fosse encaminhada para algum centro de proteção aos animais a fim de prestar serviços comunitários e se inteirar com o tratamento e a situação dos animais agredidos.
Marcos Eugênio Lesqueves, médico veterinário, declarou que soube do caso pela internet e que atos de maus-tratos contra animais são comuns. Nesse caso, analisou, a violência ganhou contornos mais fortes por ter sido filmada. O novo nome dado ao animal, Carlos Ambrósio, foi cedido por um laboratorista que ajuda na recuperação do cachorro – que ganhou um plano de saúde.
O cão ainda hoje está sob cuidados porque há em seu crânio uma série de fraturas e corre risco de ficar cego do olho esquerdo. Por isso, ele não pode ter alta médica. Ambrósio chegou na clínica inconsciente e ainda requer muito cuidado. “Ele é muito brincalhão e não pode ficar solto por que pode bater a cabeça em algum lugar”, explicou.
Lesqueves não pode ficar com o animal que está sob a responsabilidade do Centro Controle Zoonoses (CCZ). “Queria que ele fosse para uma casa legal e muito bem tratado. O animal não é agressivo e não tem motivos para sofrer o que ele sofreu”, afirmou o veterinário.

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