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Café da manhã do capixaba sobem até 253% nos últimos dez anos

Em maio de 2017, o café da manhã dos moradores da Região Metropolitana da Grande Vitória ficou em média 157,8% mais caro em relação ao mesmo mês do ano de 2007. Alguns itens, como a manteiga tipo extra, registrou alta de 252,9% nos últimos dez anos. Cabe ressaltar que o café da manhã corresponde a 33,8% dos gastos em alimentação, segundo a metodologia de caçulo da cesta básica da classe média.

Na primeira pesquisa, realizada em maio de 2007, o custo apurado para a cesta do café da manhã completo para um adulto foi de R$ 70,24. Dez anos depois, em maio de 2017, o custo subiu para R$ 181,09

O estudo foi realizado pelos professores orientadores da Empresa Júnior do curso de administração da Faculdade Doctum de Vitória (EJFV), tendo como base de dados a pesquisa da cesta básica da classe média capixaba realizada pelos alunos, que é divulgada mensalmente pela Empresa Júnior. Foram extraídos dez itens da cesta básica de um total de 30 produtos de alimentação para compor o café da manhã completo do capixaba (leite longa vida, leite em pó, açúcar, pó de café, pão francês, manteiga, achocolatado, laranja pera, banana prata e queijo muçarela). Também foi analisada uma cesta do café da manhã mais simples com cinco itens básicos (leite longa vida, açúcar, pó de café, pão francês e manteiga).

No mesmo período, o índice que mede a inflação no Brasil, o Índices de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) monitorado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foi de 81,95%, percentual este repassado para a maioria dos salários dos trabalhadores da classe média. No período de dez anos, o custo apurado para a cesta do café da manhã simples para um adulto foi de R$ 48,68 e dez anos depois, em maio de 2017, o custo subiu para R$ 123,71, ou seja, 154,1%.

No entanto, no mesmo período, o custo apurado para refeições feitas em casa teve elevação menor, ou seja, 144,3%. Alta nos custos de produção (transporte, energia elétrica, combustível, mão de obra, impostos, taxa de câmbio oscilante e custos de insumos), instabilidade climática e incertezas na economia do país foram alguns dos motivos desse indicador de alta dos preços nos alimentos nos últimos 10 anos.

Em relação aos dez itens que compõem o café da manhã completo analisado, apenas o preço do leite integral em caixa tipo longa vida revelou elevação abaixo do índice de inflação nos últimos dez anos, ou seja, 72,4%. Desse modo, os nove itens restantes da pesquisa subiram bem acima da inflação oficial do país.

De acordo com o relatório de pesquisa do projeto da cesta do café da manhã, os produtos que tiveram maior aumento de preço nos últimos dez anos foram: manteiga tipo extra (252,9%), laranja pera (243,4%), leite integral em pó (181,7%), banana prata (170,3%), pão francês (164,6%) e açúcar refinado (155,1%).

No período analisado vários produtos até triplicaram de preço. Em maio de 2007, o quilo da laranja pera estava custando R$ 0,99, já em maio/17, o mesmo produto foi comercializado por R$ 3,40 o quilo em média. Naquela época, o pacote de 200 gramas de manteiga tipo extra em maio/07 podia ser comprado por R$ 2,21, mas em maio/17 o preço do mesmo pacote mais que triplicou e subiu para R$ 7,80 em média.

Há dez anos, a banana prata era encontrada por R$ 1,48 o quilo e agora está sendo vendida pelo preço médio de R$ 4,00 o quilo. A lata de leite em pó integral de 400 gramas foi vendida em média por R$ 5,63 em maio de 2007, agora pode ser encontrada por R$ 15,86, em média, nos supermercados capixabas.

Em maio de 2007, o pão francês, produto de maior participação relativa na cesta do café da manhã (38,5% de peso em 2017) estava custando R$ 4,38, já em maio/17, o mesmo produto foi comercializado por R$ 11,59 o quilo em média. Ressalta-se que a coleta de preço do pão francês foi feita apenas nos supermercados da região. Assim, nas padarias da Grande Vitória este item pode ficar de 30% a 35% mais caro em relação aos preços praticados nos supermercados visitados.

O relatório de pesquisa da Cesta do Café da Manhã do Capixaba foi supervisionado pelo Coordenador de Extensão da Faculdade Doctum de Vitória, professor Paulo Cezar Ribeiro, tendo como coautores os professores Manoel Carlos Rocha Lima e Sheyla Valkiria Dias Passoni. A pesquisa de campo foi executada pelos alunos membros da Empresa Júnior (EJFV).

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