Os brasileiros recém-diagnosticados com mieloma múltiplo, um tipo de câncer que afeta originalmente as células plasmáticas da medula óssea, já podem ser beneficiados com uma nova terapia.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a antecipação do medicamento imuno-oncológico Daratumumabe para tratar de pacientes recém-diagnosticados com a doença e que não podem realizar transplantes de células-tronco. O Brasil é o primeiro país a aprovar o uso do medicamento nesses casos.
A aprovação foi baseada num estudo chamado Alcyone, que comprovou a eficácia da terapia. O trabalho demonstrou que o Daratumumabe, em combinação com outros fármacos, reduz em 50% o risco de progressão da doença ou de morte nos pacientes com mieloma múltiplo em pacientes que não podem receber o transplante.
“Atualmente cerca de 7,6 mil brasileiros são acometidos pelo Mieloma Múltiplo a cada ano. Em 2017 a Anvisa liberou o Daratumumabe para pacientes que não respondiam a outras linhas de tratamento, mas depois desse estudo, que foi publicado no Congresso Americano de Hematologia, em dezembro de 2017, ocorreu a aprovação em primeira linha, ou seja, para pacientes recém diagnosticados e que ainda não foram expostos a nenhum tratamento”, informou a hematologista Melissa Bosi Mello, do Centro Capixaba de Oncologia (Cecon).
A especialista explicou que o uso do Daratumumabe é associado à quimioterapia.