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Bendito Mosquito! Dilma agradece.

Diálogo entre mamãe-aedes aegypti e filhinho-aedes aegypti:
– Mamãe, posso ir ao teatro hoje?
– Pode, meu filho. Mas tome cuidado com os aplausos.
E assim, com um cinismo nunca antes visto na história da saúde pública brasileira, o governo Dilma Rousseff conseguiu tirar a operação Lava-Jato do foco da mídia, pelo menos durante uma semana.
Para sorte do ex-presidente Luís Inácio Proprietário da Silva, exatamente porque exatamente depois de 13 anos (8 dos quais com ele próprio no comando do Palácio do Planalto) o governo federal resolveu se preocupar com o aedes aegypt, transformando-o no inimigo público número um. Até então, a dengue era apenas mais fonte de enriquecimento de agentes públicos. Uma espécie de endemia corruptiva.
O desprezo pela inteligência do povo brasileiro foi materializado pelo menosprezado ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que também com a hipocrisia habitual declarou que a volta da CPMF e a reforma tributária são fundamentais para o combate ao aedes…
De novidade mesmo só o fato de o governo ter notificado 150 casos de microcefalia, quando foram formalmente diagnosticadas 6 mil ocorrências. Ao contrário do que faz com as licitações, com superfaturamento, o governo subnotificou.
O sítio de Atibaia, emprestado ao presidente Lula da Silva por um amigo recebeu toda a mudança do ex-presidente (37 caminhões com origem no Distrito Federal e destino em São Paulo), para azar dessa gente ruim, vai acabar retornando à mídia em razão de ser um foco de transmissão da dengue ou, de outra forma, um criadouro de insetos.
Queda de Dilma Rousseff é só uma questão de tempo. Se não por conta do processo de impeachment, certamente através do Tribunal Superior Eleitoral que será, salvo engano a partir de maio de 2016, presidido pelo ministro Gilmar Mendes, em substituição ao sempre agradecido Dias Tófoli que, mesmo não morrendo de amores pela presidente do Brasil (ele foi demitido/exonerado da Casa Civil tão logo Dilma Rousseff assumiu o cargo no governo Lula da Silva).
A questão agora é saber como se dará o processo sucessório. A impopularidade do vice-presidente Michel Temer não chega aos 91% da chefe do Executivo, mas o conde Drácula do PMDB também anda com a imagem bastante desgastada.
A sociedade brasileira esperava que a oposição assumisse o processo de afastamento dessa quadrilha. Mas parece que mais uma vez prevaleceu o “quem tem telhado de vidro não pode jogar pedra no telhado alheiro”.
Talvez por isso Aécio Neves tenha mergulhado em águas profundas.
Talvez por isso Marina da Silva tenha se recolhido a um longo retiro espiritual.
E talvez por isso Ciro Gomes tenha atirado tanto no Palácio do Planalto para logo a seguir aderir ao poder, mais uma vez.
O povo brasileiro está cansado do deboche do Poder Executivo, do Poder Legislativo e do Poder Judiciário. O constrangimento que ilustres figuras da vida pública nacional têm enfrentado em restaurantes e aeroportos não parece suficiente para uma Nação que quer Justiça e igualdade.
A, há, u hu, o mosquito é nosso!

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