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Barragem da Cesan alaga mais de 30 km em Vila velha, Cariacica e Viana

Foto: Doutor Hércules
Foto: Doutor Hércules

A Barragem de Caçaroca, construída pela Companhia Espirito Santense de Saneamento (Cesan) no Rio Jucu, com o objetivo de facilitar a captação da água em períodos de seca, vêm causando transtornos para os proprietários rurais da grande Terra Vermelha. Vários pontos de alagamento foram registrados no local mesmo após duas semanas de estiagem das chuvas.

De acordo com o Ambientalista Eduardo Pignaton, um dos maiores especialistas da área, são cerca de 30 km de alagamento entre os municípios de Vila velha, Cariacica e Viana. Para ele, o agravante da situação foi o aumento da barragem de pedras em 1,5 m entre os anos de 2015 e 2016, por conta da seca.

“Com as chuvas o nível do rio subiu e a barragem impede que parte da água siga o fluxo até o mar, transbordando pela lateral e consequentemente formando áreas inundadas, principalmente em Itapuera da Barra e na região 5 de Vila velha. Também são agravantes o assoreamento, a falta de drenagem e o abandono do rio”.

Foto: Doutor Hércules
Foto: Doutor Hércules

O especialista também salientou que os canais feitos para drenar a água das propriedades para dentro do rio têm trabalhado de forma contrária. O resultado disso é a morte da vegetação, que acaba sem oxigênio suficiente e sufoca. Com isso, os gados que eram criados por ali também tiveram que ser retirados por falta de alimento.

Pignaton diz que a preocupação aumenta com a chegada do verão, onde as chuvas costumam ser mais recorrentes, já que a região de Terra Vermelha não possui um dique de proteção como o resto do município de Vila Velha, podendo aumentar ainda mais a situação do alagamento.

O deputado estadual Doutor Hercules, presidente da Frente Parlamentar Estadual em Defesa dos Rios Jucu e Santa Maria, sobrevoou, na última segunda-feira (26), a Bacia do Rio Jucu. A bordo de um helicóptero particular, alugado com recursos próprios, o parlamentar registrou os pontos de alagamento.

“É uma tristeza muito grande porque as intervenções que estão sendo feitas pela Cesan para captação de água tem trazido muitos prejuízos para a população da região e eu, como presidente da frente, já fiz comunicações ao governo do Estado e à Cesan sobre o que está acontecendo aqui na região do Rio Jucu. E vamos agora pedir socorro do Ministério Público”.

Nota enviada pela Cesan:

“A Cesan informa que o objetivo do enrocamento de pedra do Rio Jucu é evitar o avanço da cunha salina e manter o nível seguro para a captação de água para o sistema Jucu, que atende mais de um milhão de pessoas na Grande Vitória. A Frente Parlamentar solicitou intervenção da Cesan no que tange o rebaixamento do nível do enrocamento de pedra. Porém, a Companhia constatou que com a elevação do pico de vazão de 5 mil para 151 mil litros por segundo, registrado no último dia 10 de novembro, devido ao alto volume de chuvas, a própria força da água movimentou as pedras e o nível encontra-se no patamar anterior a 2016, quando da crise hídrica mais severa. A vazão atual é de 15 mil litros por segundo. A Cesan complementa que não há correlação entre a captação feita pela Companhia no Rio Jucu, desde 1977, e o alagamento. Trata-se de uma área histórica de alagamentos, e no último dia 10 de novembro houve um aumento de vazão de 3.000% no Rio Jucu, em função da chuvas. Em situações assim, ocorridas também em outros anos, como 2013, pela grande quantidade de chuva, o rio transborda na área de planície independentemente do enrocamento. Estas informações foram passadas detalhadamente à Frente Parlamentar no dia 30”. 

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