Bancários de todo país, inclusive do Espirito Santo, podem entrar em greve nos próximos dias. O resultado vai depender da segunda rodada de negociação entre o comando nacional e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), que acontece nesta quinta (12), no Estado de São Paulo. Se o resultado não for satisfatório, os trabalhadores prometem parar as atividades.
Segundo os trabalhadores, a greve é em defesa da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) e dos direitos da categoria. Entre as reivindicações estão o aumento real para salários e demais verbas, além de participação maior nos lucros e garantia de empregos.
Estas reinvindicações já estão na pauta que foi entregue a Federação Nacional dos Bancos, no dia 13 de junho. Entretanto, na primeira rodada de negociações, ocorrida em 28 de junho, eles não assinaram o pré-acordo e não apresentaram nenhuma proposta de calendário para as negociações da campanha 2018.
Na última quarta-feira (11) e nesta quinta (12) os trabalhadores realizaram mobilizações em agências e centros administrativos, numa ação foi denominada “Dia Internacional da Luta”. O objetivo é que os bancos assinem um pré-acordo que garante a ultratividade da CCT (princípio que garante a validade do acordo coletivo feito com os bancários) até a data da próxima assinatura, quando um novo acordo é assinado.
Segundo os bancários, a reforma trabalhista imposta pelo atual presidente, Michel Temer, pois fim à ultratividade e fez com que as conquistas previstas na CCT dos bancários, como direito a vale alimentação, refeição e participação nos lucros, ficassem em risco após o dia 31 de agosto.
Os trabalhadores dizem também que a nova lei trabalhista traz outras ameaças: hipersuficiência (quem ganhar duas vezes acima do teto de benefícios do INSS, mais que R$11,291, não fica resguardado pela CCT); contrato temporário e terceirização.
Por Lizandra Amario