A Defesa Civil de Baixo Guandu suspendeu os alertas que fez durante o período crítico das chuvas que atingiram o município nos últimos dias. O rio Guandu desde segunda-feira não oferece riscos e na manhã desta quinta-feira (30) o rio Doce continuava baixando, deixando de representar risco para moradores das partes baixas do bairro Mauá e adjacências.
O coordenador da Defesa Civil, Sandro Brandião, explicou que a situação é de tranquilidade em todo o município, porém o órgão vai se manter de prontidão, tendo em vista que os institutos de meteorologia estão prevendo novas chuvas fortes na região durante o mês de fevereiro. “Os meteorologistas já haviam previsto estas chuvas fortes em janeiro, o que se confirmou, razão pela qual devemos estar atentos para o mês de fevereiro”, explicou o coordenador da Defesa Civil.
No Espírito Santo mais de 14 mil pessoas permanecem desalojadas e desabrigadas em vários municípios do Sul do Estado, região mais atingida do Estado, com registro de 10 mortes. Cinco municípios declararam calamidade pública e a recuperação dos prejuízos deve custar cerca de R$ 500 milhões, segundo estimativa do governador Renato Casagrande.
Em Baixo Guandu
No mês de janeiro choveu 263,9 mm em Baixo Guandu, segundo a medição do escritório local do INCAPER, sendo que a média histórica para o mês é de 198mm. Outros medidores particulares apontaram pouco mais de 300mm desde o dia 01 de janeiro.
O prefeito Neto Barros disse que o município suportou bem as cheias, sem registros de natureza grave, mas ele decidiu cancelar uma festa de pré-carnaval que estava prevista para o próximo final de semana, dias 7 e 8 de fevereiro, em solidariedade às vitimas das chuvas que castigaram vários municípios do Estado e também de Minas Gerais.
A cidade está fazendo há 10 dias uma campanha de doações aos atingidos no Sul do Estado e um caminhão da Prefeitura vai fazer o transporte do que foi arrecadado para entregar à Defesa Civil do Estado. Entre as doações estão cestas básicas, materiais de higiene e limpeza, roupas, calçados e alimentos não perecíveis de forma geral.
“Queremos agradecer a todos aqueles que fizeram suas doações, lembrando que na grande enchente de 2013 também fomos ajudados”, disse o prefeito Neto Barros. Os vários órgãos do município, além da Defesa Civil, ficaram de prontidão nos últimos 10 dias em função das enchentes e vão permanecer em alerta com a previsão de mais chuvas no mês de fevereiro.
A cidade vizinha de Aimorés, ao contrário de Baixo Guandu, teve mais de 1.200 pessoas desalojadas com a enchente dos últimos dias, notadamente nos bairros Mauá Minas e Barra do Manhuaçu. Ontem os moradores começaram a voltar para casa e até o final de semana esta situação já deve estar normalizada.
Nesta quinta o instituto Climatempo fez um alerta dizendo que os estados do Espírito Santo e Minas Gerais poderão ser atingidos novamente por fortes chuvas a partir do dia 5 de fevereiro (próxima quarta-feira), com a possível formação de uma Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), que traz umidade da região Norte e amazônica para o Sudeste do Brasil.