Completamente eufórico o prefeito de Serra, Audifax Barcelos (Rede) recebeu o resultado da eleição que o reelegeu em segundo turno. Ele comemorou dizendo que foi vitorioso duplamente neste processo, uma vez que passou por um problema de saúde que o impediu de ir às ruas pedir votos no primeiro turno. Audifax ficou 17 dias internado com pneumonia e infecção generalizada e chegou a ser considerado desenganado pelos médicos.
“Deus abençoe a todos, essa vitória é nossa. Sou um milagre nas mãos de Deus. Deus é bom em todo tempo, Deus é justo e Ele me deu duas vitórias: a da vida e a eleitoral. Tenho que agradecer a Deus e a população da serra. Estou muito feliz e com muita vontade de trabalhar, de realizar”, disse.
Este foi o segundo pleito municipal consecutivo que o prefeito e o concorrente, Sergio Vidigal (PDT) se enfrentaram, e Audifax saiu vitorioso. O reeleito recebeu 112.344 votos (51,21%), enquanto o pedetista conquistou os votos de 107.050 serranos. De acordo com o prefeito, passada a ressaca eleitoral, espera que o processo fique para trás e que ele e Sergio Vidigal trabalhem unidos em prol da Serra.
“Eu preciso dele, porque é um deputado federal da Serra e quero trabalhar junto. A eleição acabou e temo que estar unidos em prol da cidade da Serra. Vou procurá-lo, sim, e tenho certeza que, pelo bem da cidade e da nossa população, vamos poder trabalhar juntos. Vidigal tem seus méritos e sua capacidade. No tempo certo, vou procurá-lo”, disse Audifax.
Tendo perdido a eleição, Vidigal não escondeu sua insatisfação, mas se colocou receptivo.Em entrevista coletiva, após o resultado, disse ter convicção que a melhor proposta administrativa para a cidade foi a que ele apresentou e que Audifax nunca o procurou.
“Tenho convicção que eu apresentei a melhor proposta para a cidade, mas torço para que ele faça boa administração, até porque sou morador da Serra. Ele (Audifax) teve dez anos para me procurar para trabalharmos juntos em prol da cidade e não o fez. Quando o fizer, estarei de braços abertos. O que tenho certeza é que o que fez ele vencer foi o uso da máquina pública e as mentiras. Fui vítima de difamação e mentira, mas, agora, como deputado federal, vou dar continuidade ao meu mandato para ajudar o Brasil, e o Espírito Santo”, disse o pedetista.
Vidigal lamentou que o segundo turno não tenha de fato permitido um debate dos desafios da cidade. “Quis debater os problemas da cidade, mas o debate não teve esse tom. Todo dia tinha boato e mentira. Foi uma campanha que não debateu a política com P maiúsculo. Que não debateu de fato os problemas da cidade. Disputei contra uma máquina que foi utilizada na campanha eleitoral. Mas, de qualquer forma, respeitamos o resultado e torcemos para que dê certo”, avalia.
